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Novo Jeep Wrangler é destruidor das pedras no caminho
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Novo Jeep Wrangler é destruidor das pedras no caminho

Novo Wrangler trará motor 2.0 turbo de 273 cv e virá na versão Rubicon com duas ou quatro portas; modelo chega ao País no primeiro trimestre de 2019

Rafaela Borges, de Truckee, Estados Unidos

23 de ago, 2018 · 6 minutos de leitura.

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wrangler
Versão Rubicon tem acabamento mais despojado
Crédito:Foto: Jeep/Divulgação
wrangler

Quando o objetivo é escapar da loucura do dia a dia e buscar refúgios em lugares remotos, longe de cidades e até mesmo da internet, poucos carros têm a capacidade de transpor os obstáculos que estão entre o caos e a paz. Após o Land Rover Defender dizer adeus, o principal representante da categoria de jipes robustos com alta capacidade off-road é o Wrangler. A “razão de ser” desse SUV é vencer qualquer barreira que esteja à sua frente.

A nova geração do Wrangler vem aí. Embora tenha mantido seu estilo quadrado e histórico quase inabalado, é um carro bem diferente do anterior. Mudou de plataforma, recebeu mais tecnologia e teve sua capacidade off-road aprimorada.

A Jeep vai lançar o novo Wrangler no Brasil no primeiro trimestre de 2019. Antes, a nova geração do utilitário estará no Salão do Automóvel, em novembro.

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Por ora, está confirmada a versão Rubicon, com duas ou quarto portas. Ela trará o motor 2.0 turbo a gasolina, inédito na linha. Esse propulsor, que tem 273 cv, estreou no Cherokee (modelo que não é mais vendido no Brasil).

O preço ainda não foi definido. Porém, ficará acima dos R$ 210 mil máximos cobrados pela geração atual, que ainda tem unidades em estoque no Brasil.

Também estão em estudo as versões Sahara e a 2.2 turbodiesel. A outra opção de propulsor disponível nos EUA, 3.6 V6 a gasolina, não irá ao Brasil.


Mudanças visuais

Visualmente, a principal mudança está na grade frontal mais pronunciada. O capô ganhou vincos e ficou mais robusto. Os para-lamas têm espessura maior e ganharam elementos ópticos de LEDs.

O acabamento interno melhorou bastante e ganhou um quê de sofisticação. Há bancos de couro e  revestimento de plástico emborrachado. A central multimídia, com tela sensível ao toque, traz Android Auto e Apple Car Play.

Outra novidade está no teto de lona removível. Agora, ele tem acionamento elétrico e pode ser aberto em vários níveis, comodidade oferecida em algumas versões de quatro portas. Há opções que são conversíveis, com teto rígido que pode ser retirado manualmente.


O novo Wrangler também ganhou melhorias nos ângulos de ataque e transposição. Além disso, para ficar mais leve, traz várias partes de alumínio (inclusive as portas e tampa do capô). Com isso, perdeu 90 kg.

On e off-road

O novo 2.0 turbo dá boa capacidade de aceleração e retomada ao Wrangler, graças aos 40,8 mkgf de torque disponíveis a 3 mil rpm. O câmbio automático de oito marchas, suave e rápido, faz excelente trabalho.


Mas é no off-road que o Wrangler mostra o melhor de si. Levamos o carro ao extremo na trilha Rubicon, na Califórnia, uma das mais famosas dos EUA. Em trajeto com solo de pedras de diversos tamanhos, o carro não encontrou resistência.

Seus pneus altos são montados em rodas de 17 polegadas. Em alguns momentos, apenas duas ficaram em contato com o solo, e ainda assim o Wrangler conseguiu vencer o desafio.

São vários os recursos mecânicos e eletrônicos que auxiliam o Jeep. Ele é feito sob chassi e apresenta alta resistência aos impactos com as pedras encontradas pelo caminho.


A tração 4×4 é acionada por alavanca. Todo o trecho off-road foi percorrido em reduzida. O Wrangler tem ainda um diferencial autoblocante que o auxilia na missão de vencer obstáculos.

Em algumas situações pode-se travar a força em 25% para cada roda. Em outras, o motorista pode optar por jogar toda a tração para a traseira. Para isso, basta mover um botão na parte inferior do painel central para cima e para baixo.

Há ainda a possibilidade de desconectar o controle eletrônico da barra estabilizadora. Em condição normal, ele fica ligado, ajudando a evitar alta rolagem de carroceria em trechos on road. Porém, pode ser desativado para dar mais flexibilidade à carroceria em trilhas.


Ficha técnica

Motor – 2.0, 4 cilindros, 16V, turbo, gasolina
Potência– 273 cv a 5.250 rpm
Torque – 40,8 mkgf a 3.000 rpm
Câmbio– Automático, 8 marchas
Comprimento – 4,78 metros
Entre-eixos – 3 metros
Altura – 1,86 metros
Largura – 1,87 metro
Peso – 2.034 quilos

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.