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Defenda-se: Ford Fusion de leitor tem solução negada pela fabricante
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Defenda-se: Ford Fusion de leitor tem solução negada pela fabricante

Leia esta e outras queixas de leitores na coluna Defenda-se desta semana; Fusion, Renegade e JAC T8 estão entre os envolvidos

Redação

29 de ago, 2018 · 7 minutos de leitura.

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Fusion Hybrid de leitor teve problema na homocinética
Crédito:Ford/Divulgação
fusion

FORD FUSION

Problema na homocinética
No dia 26 de junho, levei meu Fusion Hybrid à autorizada para a inspeção dos 40 mil km e para a troca do parafuso da direção, serviço objeto de convocação pela montadora. Mas fui informado de que a Ford não está fornecendo a peça envolvida no recall. E, no final da revisão, disseram que havia um problema na homocinética e eu teria de pagar pelo reparo. Fiquei indignado, pois meu carro tem garantia até fevereiro de 2020 e passou por todas as revisões corretamente. Quero que a Ford repare meu carro sem ônus.

Anderson Ulisses de Oliveira, CAPITAL

Ford responde: o dano ao veículo foi causado por agente externo. O cliente foi orientado sobre as consequências aplicáveis à garantia.
O leitor diz que teve de pagar R$ 3.271,42 pela troca da homocinética, incluindo a mão de obra. Ele alega que a Ford não lhe explicou por que teria sido necessário substituir a peça, nem qual o motivo da recusa ao serviço sem ônus.

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Advogado: como já pagou pelo reparo, o leitor pode tentar reaver essa quantia na Justiça. Na ação judicial, a montadora só será isentada de devolver os valores se conseguir comprovar a ocorrência do alegado agente externo, já que o ônus da prova é da empresa, inclusive no que tange ao custo da perícia.

JEEP RENEGADE

Atraso na entrega de carro a PCD
Depois de meses em um processo cansativo para obter as cartas de isenção de IPI e ICMS, comprei um Jeep Renegade no dia 31 de maio. O carro foi faturado no dia 11 de junho e a concessionária prometeu a entrega em 15 dias corridos. Depois, passou a informar que seriam dias úteis, e que talvez fossem 17. Hoje, dia 9 de julho, os prazos não foram cumpridos e não há previsão de entrega do veículo. Deixei meu usado como parte do pagamento e estou sem carro. É triste confiar na marca que prometeu ser a mais rápida e não cumpriu com o combinado.
Fabiula Araujo Takeda, CAPITAL

FCA responde: o veículo foi entregue à leitora.
A leitora diz que recebeu o carro no dia 12 de julho. Como deu o usado como parte do pagamento, ela ficou 20 dias a pé, sem carro reserva ou qualquer outra compensação, tendo gastos inesperados com locomoção. Ela critica a montadora pela falta de informações.


Advogado: a empresa é obrigada a cumprir o prazo de entrega informado ao comprador do carro, sob pena de responder pelos prejuízos provocados pelo atraso. Havendo lacuna ou dúvida sobre a contagem em dias úteis ou corridos, a praxe é valer sempre a interpretação mais favorável ao consumidor.

JAC T8

Sem peças no mercado paralelo
Volto a ter problemas com minha T8. Desta vez, a lista inclui vazamento no câmbio e diferencial, folga na caixa de direção, barulhos nas suspensões dianteira e traseira, falhas na central multimídia, reservatório de expansão trincado e turbina que não carrega. Os defeitos me assombram há 60 dias e, como nenhuma oficina tem peças de reposição desse modelo, estou tendo de trabalhar com um carro alugado há 20 dias. Gostaria de expressar minha indignação com a JAC.
Michel R. Oliveira, CAPITAL

JAC responde: o veículo do leitor não está mais coberto pela garantia, uma vez que a revisão de 3 mil km só foi feita com 5.067 km e o restante do plano de manutenção não foi cumprido como exige o manual. Em razão do cancelamento da garantia, ficamos no aguardo da aprovação do orçamento que foi encaminhado ao cliente.
O leitor alega que o veículo não passou pelas inspeções obrigatórias porque os funcionários da concessionária estariam com os salários atrasados há mais de três meses e, por isso, se recusaram a fazer a revisão.


Advogado:<se a revisão não foi feita por culpa da empresa, em razão da recusa dos funcionários em realizar o serviço, como alega o leitor, o descumprimento do plano de manutenção não tem o poder de cancelar a garantia contratual. Além disso, persiste a garantia legal sobre as peças que ainda estiverem dentro de sua vida útil, o que, conforme o caso, também pode garantir o reparo sem ônus.

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Jornal do Carro
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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.