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Duster Oroch terá opção 4×4 na Argentina
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Duster Oroch terá opção 4×4 na Argentina

Variante da picape Renault será oferecida unicamente com o motor 2.0 de 143 cv, a exemplo do que ocorre com o SUV Duster

Redação

02 de set, 2018 · 4 minutos de leitura.

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Renault Duster Oroch
Crédito: Renault
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Quando a Renault lançou a Duster Oroch, vendida como uma picape robusta e versátil, muitos apostaram que em breve viria uma variante com tração 4×4, útil para o trabalho no campo. Isso não ocorreu. Agora, ela finalmente foi confirmada. Mas apenas para o mercado argentino.

A Oroch 4WD será produzida no Brasil e exportada para o país vizinho. Ali, ela já é a quarta picape mais vendida. Antes dela, figuram no ranking a Toyota Hilux, a VW Amarok e a Ford Ranger. Quem aparece em sexto lugar é a Fiat Toro, que já tem versão 4×4 e será a principal rival da Renault.

O sistema de tração integral vem da Nissan, com quem a Renault tem uma aliança, e já equipa o utilitário-esportivo Duster. É possível selecionar os modos 2WD, 4WD de acionamento automático e bloqueio de diferencial até 50 km/h.

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Assim como no Duster vendido aqui, a versão 4×4 da Oroch só será vendida com motor de 2 litros e 143 cv e transmissão manual de seis velocidades.

Segunda picape com tração 4×4

Alguns meses depois, a Renault vai começar a vender na Argentina uma segunda picape com tração integral, a Alaskan.

O modelo usa a mesma plataforma da Nissan Frontier e deverá dar origem também a uma picape da Mercedes-Benz. Ele será produzido na Argentina, de onde virá ao Brasil, e em outras duas fábricas no mundo.


Serão pelo menos cinco opções de carroceria entre cabine-simples, dupla e chassi-cabine com caçamba curta e alongada e ou carroceria estreita e larga. A cabine-estendida não estará disponível no lançamento do modelo. Mas poderá ser lançada mais tarde, para complementar a linha.

Inicialmente, a Alaskan será oferecida com motores 2.3 biturbo de quatro cilindros. Na versão a gasolina, a potência é de 160 cv. A opção a diesel terá 160 cv ou 190 cv, dependendo do mercado. A picape poderá ter câmbio manual de seis ou automático de sete marchas. O sistema de transmissão terá tração 4×2 nas versões de entrada ou 4×4 nas de topo, que pode ser ativada a até 100 km/h, além de reduzida.

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”