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Schumacher disse ser fã de Senna em entrevista inédita
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Schumacher disse ser fã de Senna em entrevista inédita

Em entrevista nunca publicada, o piloto sete vezes campeão revelou admiração por Ayrton Senna

José Antonio Leme, )

22 de nov, 2018 · 4 minutos de leitura.

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schumacher
Michael Schumacher. CRÉDITO: Gustau Nacarino/REUTERS
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A família de Michael Schumacher publicou uma entrevista, até agora inédita, do lendário piloto de Fórmula 1, que foi realizada pouco antes do acidente de esqui, em dezembro de 2013. Há cinco anos tem estado em um delicado estado de saúde.

A entrevista foi montada com perguntas feitas por fãs do sete vezes campeão do mundo. Schumacher completará 50 anos no próximo dia 3 de janeiro.

A pergunta mais frequente dos fãs é qual de seus sete títulos de F1 foi mais emocionante para ele. Schumacher elegeu seu primeiro pela Ferrari, em 2000.

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“A corrida mais emocionante foi Suzuka, em 2000, pela Ferrari. Depois que eu não havia conseguido conquistar o título por quatro anos e a Ferrari estava em uma fila de 21 anos, vencemos a corrida e o campeonato”, respondeu Schumacher.

Questionado sobre o piloto que mais admirava da Fórmula 1, mostrou admiração por Mika Hakkinen. O motivo são as disputas grandiosas que eles tiveram nas pistas e as boas relações pessoais entre eles fora delas.

Apesar de nunca esconder a admiração por Ayrton Senna e Vincenzo Sospiri (ex-piloto de Kart), seu grande ídolo era Toni Schumacher, goleiro do Colônia e da seleção alemã na época.


“Na minha infância e adolescência, quando disputava provas de kart, naturalmente admirava Senna e Sospiri, mas meu verdadeiro ídolo era Toni Schumacher, porque era um jogador de futebol maravilhoso”, apontou.

Apesar de ser considerado um mito, Schumacher reiterou durante a entrevista que, apesar de todos os títulos que vença, é preciso se cuidar permanentemente para seguir melhorando e que era o fazia durante sua carreira.

“Acredito que é importante manter-se cético, ter dúvidas, não ser confiante demais, para buscar o progresso. Sempre pense: eu não sou tão bom. Acredito que essa atitude me fez chegar onde cheguei”, pontuou.


Na seção de perguntas e respostas, Schumacher também afirmou que o talento é importante, mas não é suficiente para fazer alguém triunfar na Fórmula 1, já que muito depende de trabalho de equipe.

“O êxito está relacionado ao trabalho de equipe. Você faz o que faz, mas é mais forte em equipe. E a Fórmula 1 é um trabalho de equipe”, finalizou.

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Jornal do Carro
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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”