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CNH Social passa por primeira aprovação na Câmara dos Deputados
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CNH Social passa por primeira aprovação na Câmara dos Deputados

Projeto de lei que regulamenta CNH Social permitirá cidadãos de baixa renda conseguirem obter documento sem custo

Redação

04 de dez, 2018 · 3 minutos de leitura.

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CNH Social não terá custo para candidato
Crédito:Foto: Evelson de Freitas/Estadão
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O projeto que regulamenta a CNH Social foi aprovado pela Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados. A ideia é que cidadãos de baixa renda ou desempregados há mais de um ano consigam obter o documento sem custo. O texto original do projeto de lei 8837/17 é do ex-deputado Carlos Souza, mas foi substituído pelo redigido pelo deputado federal Hugo Leal (PSD-RJ). Hugo é presidente da Comissão.

O novo texto definiu que a Fundação Nacional de Segurança e Educação no Trânsito (Funset) pagará pela CNH Social. Também definiu que o benefício servirá apenas para obtenção da primeira via do documento. Os motoristas não poderão renová-lo sem custo. Segundo o deputado Hugo Leal, a primeira habilitação deverá dar ao motorista condições de conseguir um emprego mais facilmente. Isso permitirá que o condutor não precise do programa social para renovar o documento.

Quem se interessar em tentar a CNH Social precisará estar inscrito no Cadastro Único do Governo (CadÚnico). Isso comprovará que o cidadão não tem renda suficiente para conseguir tirar a CNH pelas vias convencionais. Todo o custo será coberto pelo programa, incluindo aulas teóricas, práticas e pagamento de tributos. As aulas serão ministradas em empresas públicas e privadas por meio de parcerias com estados e municípios.

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Aprovações à frente

O projeto de lei ainda precisa ser aprovado pelas Comissões de Finanças e Tributação, e de Constituição, Justiça e Cidadania. Depois, será votado pelo plenário da Câmara. Se aprovado, segue para o Senado e finalmente a sanção presidencial.

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”