Você está lendo...
O vídeo de hoje do Jornal do Carro é do Porsche 911
Avaliação

O vídeo de hoje do Jornal do Carro é do Porsche 911

Avaliamos o Porsche 911 no circuito Ricardo Tormo, em Valência, na Espanha. Confira nosso vídeo

Hairton Ponciano Voz, de Valência, Espanha

06 de mar, 2019 · 5 minutos de leitura.

Publicidade

Porsche 911
Crédito:Porsche 911 de oitava geração ficou mais potente, mais leve e ganhou mais tecnologia. Foto: Porsche/Divulgação

À primeira vista, pode parecer que o novo Porsche 911 ganhou apenas uma leve reestilização. Afinal, as mudanças aparentes não foram tão profundas. Mas, tirando o fato de que o motor boxer de seis cilindros continua na traseira e que a chave de ignição permanece ao lado esquerdo do volante, tudo no 911 de oitava geração foi mexido.

INSCREVA-SE NO CANAL DO JORNAL DO CARRO NO YOUTUBE

+ Jerry Seinfeld processa loja que lhe vendeu Porsche 

Publicidade


+ Compraram Tesla, mas sonham com Taycan

O capô ganhou vincos e as lanternas traseiras agora são interligadas por uma faixa de LED. Pela primeira vez, o esportivo alemão recebeu rodas de tamanhos diferentes. Na dianteira, elas têm aro 20. Na traseira, 21. As maçanetas estão embutidas.


O uso de alumínio também aumentou muito: foi de 37% para 70%, o que representou “emagrecimento” de 12 kg na carroceria. Já o motor biturbo ganhou 30 cv e 3 mkgf. Com isso, a potência foi para 450 cv, e o torque chegou a 54 mkgf. Como resultado, o 911 geração 992 faz 0 a 100 km/h em 3,7 segundos, ou 0,4 s mais rápido que o modelo anterior. A máxima foi de 306 para 308 km/h.

O câmbio PDK de dupla embreagem foi de sete para oito marchas. A primeira é mais curta, para melhorar o poder de arrancada. A oitava é mais longa, para aumentar a economia. A velocidade máxima ocorre em sexta.

O painel mudou completamente. Agora são duas telas virtuais de 7″ ladeando o enorme conta-giros central. A central multimídia tem 10,9″.


As caixas de roda ‘escutam’

Em termos de eletrônica, uma das novidades é o Wet Mode, o modo de condução na chuva. Para isso, a Porsche instalou nas caixas de roda dianteiras pequenos microfones que “escutam” o barulho de água dos pneus e preparam o veículo para o modo mais seguro. O objetivo é evitar perda de controle.

A Porsche poderia pegar a informação da chuva pelo mesmo sensor instalado no para-brisa, responsável pelo acionamento dos limpadores. Mas a marca alemã decidiu instalar os tais microfones em local mais próximo do chão.

A razão é que o piso pode estar molhado mesmo após o fim da chuva. Assim, a informação correta nesse caso é a que vem do chão.


Como os modelos da Audi, o 911 também recebeu faróis de LED com tecnologia Matrix. Por meio de um conjunto de 84 diodos, o sistema apaga seletivamente parte das luzes para não ofuscar quem está na frente, indo ou vindo.

O esportivo ganhou também sistema Night Vision, com câmera de visão noturna, capaz de detectar pessoas e animais ainda fora do alcance dos faróis.

FICHA TÉCNICA

Porsche 911 Carrera S


Motor
3.0, 6 cil., boxer, 24V, biturbo, gasolina
Potência (cv)
450 a 6.500 rpm
Torque (mkgf)
54 de 2.300 a 5.000 rpm
Câmbio
Automatizado, dupla embreagem, 8 marchas
Pneus/rodas
245/35 ZR 20 (Frente)
305/30 ZR 21 (Atrás)
Comprimento
4,52 m
Altura
1,30 m
Entre eixos
2,45 m
Porta-malas
132 litros
0 a 100 km/h
3,7 s
Máxima
308 km/h

O jornalista viajou a convite da Porsche


Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.