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Primeiro Rolls-Royce elétrico será apresentado até o final de 2020
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Primeiro Rolls-Royce elétrico será apresentado até o final de 2020

Para atender futuras regulamentações dos seus principais mercados, a marca pulou o estágio de híbridos direto para os elétricos

Emily Nery, special para o Jornal do Carro

24 de set, 2020 · 5 minutos de leitura.

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CONCEITO 103 EX FOI A ÚLTIMA EXPRESSÃO DO FUTURO DA ROLLS-ROYCE
Crédito:ROLLS-ROYCE

Seguindo os protocolos do Reino Unido para redução de CO2 e de uso de combustíveis fósseis, a Rolls-Royce será a mais nova montadora a lançar seu primeiro elétrico. Ainda sem nome, o modelo promete estrear neste ano. A britânica optou por construir um carro do zero em vez de eletrificar um modelo já existente.

De acordo com a Automotive News, relatórios apontam que o carro entrará para substituir o Rolls-Royce Wraith e Dawn. Consequentemente, poderíamos esperar por um modelo cupê ou conversível. Ainda segundo o portal, ele será fabricado na plataforma modular de alumínio da Rolls-Royce, a mesma utilizada pelo Ghost, Phantom e Cullinan.



Ainda não há especificações técnicas quanto ao modelo. Não é certo, mas a marca deve “emprestar” tecnologia da sua proprietária BMW e da submarca i. A montadora enfatiza que o veículo elétrico não é uma demanda de seus clientes e sim dos novos regulamentos propostos, principalmente, pelo Reino Unido.

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Torsen Müller-Ötvös, CEO da empresa, concordou que um propulsor elétrico combinaria com a imagem da Rolls-Royce, pois além de ser silencioso, geraria um enorme torque que agradaria seus clientes.

Contudo, não será o fim do motor V12. A montadora pretende utilizá-lo até “o final da década”, mas isso não quer dizer que essa poderosa mecânica equipará um modelo híbrido. Para a companhia, ou é um grande e forte propulsor ou um motor elétrico.

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A Rolls-Royce já pensava nos elétricos

Não dá para afirmar que a Rolls-Royce não tentou. A marca até flertou com motores elétricos na última década. No Salão do Automóvel de Genebra, em 2011, foi apresentado uma configuração elétrica do Phantom, e em 2016 o protótipo 103EX trazia um veículo elétrico e autônomo. Porém, sua freguesia não demonstrou interesse por modelos zero emissão.

Zona de emissão zero em Londres

Desde março do ano passado em vigor, a chamada Zona de Emissão Ultra Baixa (ULEZ) taxa carros a combustão mais antigos que circularem pelo centro de Londres. Modelos a diesel com mais de 4 anos ou que não atendam os protocolos do Euro 6, e veículos a gasolina com mais de 13 anos que estejam fora do Padrão Euro 4 podem pagar cerca de R$ 87 por dia. No caso de caminhões, a multa fica em torno de R$ 702 por dia.

O programa mostrou resultado na melhoria da qualidade do ar e o governo expandiu o projeto para outras cidades. Na capital, a ULEZ se expandirá para a chamada “Inner London”, que contempla o centro e bairros próximos.


Além disso, o prefeito de Londres, Sadiq Khan, e o órgão Transport for London, anunciaram em maio planos para transformar partes do centro da cidade em zonas livres de emissões. Com isso, algumas ruas e avenidas serão fechadas para carros e limitadas somente para pedestre, ciclistas e ônibus.

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CONCEITO 102EX DE 2011 ERA BASEADO NO PHANTOM. CRÉDITO: ROLLS-ROYCE
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