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O dia em que Maradona mandou seu empresário enfiar uma Ferrari naquele lugar
História

O dia em que Maradona mandou seu empresário enfiar uma Ferrari naquele lugar

Com status de super estrela no Napoli da Itália, Maradona queria uma Ferrari que não existia e ainda não gostou quando recebeu o carro

Diego Ortiz

25 de nov, 2020 · 4 minutos de leitura.

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Maradona
Maradona saindo do treino com a sua Ferrari
Crédito:Napoli/Divulgação
Maradona

Maradona não podia ser parado. Não foi por zagueiros, por regras, pela família e nem pelo bom senso. Driblou todos. Só não conseguiu se desvencilhar do tempo, que não perdoa quem dele debocha. E como era debochado esse argentino. Um personagem complexo, genial, controverso, como todo protagonista de uma história deve ser. Justamente por esse seu lado folclórico, muitas histórias, fantasiosas ou não, surgem na boca dos que passaram anos ao lado do craque, como seu empresário nos anos 80, Guillermo Coppola.

Copolla conta que, em 1987, Maradona cismou que queria uma Ferrari Testarossa na cor preta. Ela até podia ser pedida nesta cor, inusitada para o modelo, mas a Ferrari não queria e criava várias barreiras, inclusive financeiras, cobrando 130 mil dólares só pela pintura. E a marca de Maranello já havia aceitado fazer uma igual para Sylvester Stalone. Ou seja, não queria mais exposição do carro com esta cor. Para piorar a situação, o empresário diz que o craque ainda exigia que o interior fosse branco.

Com status de super estrela na Napoli da Itália (os únicos dois títulos italianos que o clube tem foram com ele liderando o time), Maradona não aceitou não como resposta. Copolla então teve que apelar para Corrado Ferlaino, o presidente do Napoli na época.

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Pedido de Maradona não foi nada barato

Ferlaino conta que o valor original do carro era de 430 mil dólares, mas que a Ferrari queria o dobro para liberar o modelo e ainda mais os 130 mil dólares da pintura, totalizando 990 mil dólares. Mas mesmo assim o esportivo foi encomendado para agradar o jogador. Crente de que havia finalmente marcado um gol para “Dios”, Copolla chega com o carro.

Segundo o empresário, Maradona já foi para perto do carro reclamando que o estofamento não era branco. A Ferrari não tinha aceitado essa condição de jeito nenhum e fez o habitáculo caramelo. Ao entrar no carro, o craque teria feito um silêncio por alguns segundos e perguntou pelo sistema de som e pelo ar-condicionado. Copolla explicou que a Testarossa, como um esportivo de sangue puro, não tinha estes tipos de equipamentos.

Maradona então saiu do carro, esbravejou que “tinha esperado esse tempo todo por essa porcaria”, e finalizou: “pode enfiar ele no…”. Mesmo insatisfeito, o segundo melhor jogador de futebol de todos os tempos ainda ficou com o carro até 1993, quando voltou para a Argentina.


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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.