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VW vendeu carros que deveriam ter sido destruídos
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VW vendeu carros que deveriam ter sido destruídos

Imprensa alemã informa que atual presidente do Grupo soube da prática em 2016

Redação

12 de dez, 2018 · 4 minutos de leitura.

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Sede da Volkswagen
Sede da Volkswagen
Crédito:Fabian Bimmer/Reuters
Sede da VW

Um novo escândalo envolvendo a Volkswagen explodiu nesta semana. De acordo com a imprensa alemã, a VW vendeu a clientes que pré-série, que deveriam ter sido destruídos.

Segundo o site alemão Handelsblatt, a montadora vendeu 6.700 carros pré-série na Europa e nos Estados Unidos. Do total, 4 mil exemplares foram entregues na Alemanha.

Ainda de acordo com o site, um porta-voz da Volkswagen confirmou a informação. “Foi um grande erro”, teria dito ao Handelsblatt.

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Já a revista alemã Der Spiegel aponta que o número de carros pré-série colocados à venda é ainda maior. Seria de 17 mil exemplares.

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Carros pré-série são feitos para testes antes do lançamento do veículo de produção. Como estão sujeitos a diversas falhas, têm de ser destruídos após os testes. Não podem ser vendidos ao consumidor.


Nenhum dos dois veículos de comunicação informa em que período foram feitas as vendas de modelos experimentais pela VW.

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Presidente da VW sabia

Porém, de acordo com a Der Spiegel, o atual presidente do Grupo Volkswagen, Herbert Diess, sabia do caso pelo menos desde 2016. Na época, ele ainda não presidia o conglomerado. Estava à frente da apenas da marca VW.

Ainda conforme a revista, não há carros de outras marcas do grupo envolvidos, apenas os da VW.

A montadora convocou os 6.700 carros pré-série que admite terem sido vendidos para eventuais reparos.


 

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Dieselgate

O novo escândalo explode pouco mais de três anos após a fraude que ficou conhecida como Dieselgate. Descoberta nos Estados Unidos, mais praticada também na Europa, consistia em “mascarar” os resultados de testes de emissões de poluentes por carros a diesel.

Para dar a impressão, nos testes, de que seus carros a diesel poluíam menos que a realidade, a VW utilizava um chip. No Brasil, a Amarok, único modelo a diesel da marca até a explosão do escândalo, tinha esse dispositivo. Por isso, a subsidiária brasileira foi multada pelo Ibama.


O Dieselgate envolveu todas as marcas do grupo que vendem carros a diesel (Audi, Porsche, Skoda e Seat) e culminou em demissões, mudanças de comando e prisão de alguns executivos. Entre os presos, há o ex-presidente da Audi, Rupert Stadler.

Nesta quarta-feira (12), a Audi anunciou o nome de seu novo presidente, sucessor de Stadler. Trata-se de Bram Schot, que já estava ocupando interinamente a posição.

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