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Que tal montar o motor de seu próprio carro?

O comprador do Corvette Z06 pode passar um dia na fábrica, nos EUA, montando o motor de seu próprio carro. Um bom programa de fidelização de cliente

Hairton Ponciano

14 de jul, 2017 · 5 minutos de leitura.

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Crédito: O comprador do Corvette Z06 pode pessoalmente montar o motor de seu futuro carro. Foto: Chevrolet

 

Você toparia passar um dia inteiro dentro de uma fábrica, montando o motor de seu futuro carro, e ainda pagar US$ 5 mil (cerca de R$ 16 mil) pela experiência? Se você respondeu "sim", certamente gosta - muito - de carros. E, claro, tem algum dinheiro sobrando.

Pois o exclusivo programa existe. E não é para qualquer motor. A Chevrolet oferece a possibilidade de o comprador de Corvette montar o 6.2 V8 de 650 hp que irá equipar seu próprio carro.

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É uma daquelas experiências que entram para o rol de coisas inesquecíveis que a pessoa faz na vida. Seria o equivalente a colher as uvas do vinho que a pessoa depois poderá beber (isso é possível), ou preparar ao lado do chef o prato que você irá degustar no restaurante (isso não existe).

O programa denominado Engine Build Experience (algo como experiência de montagem do motor) é dedicado a compradores do Corvette Z06, que nos Estados Unidos custa US$ 80 mil (R$ 258 mil).

A lógica por trás do programa é a seguinte: quem compra um esportivo como o Corvette gosta de carro, adora dirigir, entende de automóvel e não perde a chance de aumentar seus conhecimentos sobre mecânica. Então, por que não participar da construção de seu próprio motor?


É isso que leva o futuro dono de Z06 a passar o dia na fábrica de motores do carro, o Performance Build Center, localizada em Bowling Green, estado de Kentucky. Terminada a montagem, o motor recebe uma placa com o nome do proprietário, a exemplo do que ocorre nos motores da AMG (preparadora da Mercedes). A diferença é que o nome que estará ali é o do dono do carro.

Vejo isso como uma oportunidade ímpar de fidelização de cliente. Provavelmente é o tipo de programa que aumenta a interação entre homem e marca, ou homem e máquina. O cara vai entender mais sobre seu carro, e vai usá-lo melhor.

Muita gente valoriza isso. Mas é claro que tem um público que não quer nem saber onde fica o motor do carro, contanto que ele o leve do ponto A para o B.


Essa parcela de público nunca compraria um esportivo. Mas talvez comprasse um modelo como o finado Audi A2. Produzido entre 1999 e 2005, o A2 era um carro à frente de seu tempo. Não era bonito (longe disso, aliás), mas tinha carroceria de alumínio e foi pensado para quem não tinha a menor curiosidade sobre as partes íntimas do veículo.

Tanto que o modelo possuía na frente apenas uma pequena abertura para verificação periódica de água e óleo. Abrir o capô era coisa para a oficina. É esse carro aí das fotos.


O A2 não viveu para ver a chegada dos semiautônomos, muito menos o lançamento do A8 (mostrado esta semana), que já faz quase tudo sozinho (anda a até 60 km/h sem motorista). É o sedã da foto inferior.

O legal é que a indústria automotiva tem opções para todos os gostos. Atende a quem não quer nem saber o que faz o carro se mover, e também a quem deseja entender a função de cada parafuso de seu carro. E há quem diga que o carro vai acabar...


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