Que tal montar o motor de seu próprio carro?

O comprador do Corvette Z06 pode passar um dia na fábrica, nos EUA, montando o motor de seu próprio carro. Um bom programa de fidelização de cliente

Crédito: O comprador do Corvette Z06 pode pessoalmente montar o motor de seu futuro carro. Foto: Chevrolet

 

Você toparia passar um dia inteiro dentro de uma fábrica, montando o motor de seu futuro carro, e ainda pagar US$ 5 mil (cerca de R$ 16 mil) pela experiência? Se você respondeu “sim”, certamente gosta – muito – de carros. E, claro, tem algum dinheiro sobrando.

Pois o exclusivo programa existe. E não é para qualquer motor. A Chevrolet oferece a possibilidade de o comprador de Corvette montar o 6.2 V8 de 650 hp que irá equipar seu próprio carro.

Continua depois do anúncio

É uma daquelas experiências que entram para o rol de coisas inesquecíveis que a pessoa faz na vida. Seria o equivalente a colher as uvas do vinho que a pessoa depois poderá beber (isso é possível), ou preparar ao lado do chef o prato que você irá degustar no restaurante (isso não existe).

O programa denominado Engine Build Experience (algo como experiência de montagem do motor) é dedicado a compradores do Corvette Z06, que nos Estados Unidos custa US$ 80 mil (R$ 258 mil).

A lógica por trás do programa é a seguinte: quem compra um esportivo como o Corvette gosta de carro, adora dirigir, entende de automóvel e não perde a chance de aumentar seus conhecimentos sobre mecânica. Então, por que não participar da construção de seu próprio motor?


É isso que leva o futuro dono de Z06 a passar o dia na fábrica de motores do carro, o Performance Build Center, localizada em Bowling Green, estado de Kentucky. Terminada a montagem, o motor recebe uma placa com o nome do proprietário, a exemplo do que ocorre nos motores da AMG (preparadora da Mercedes). A diferença é que o nome que estará ali é o do dono do carro.

Vejo isso como uma oportunidade ímpar de fidelização de cliente. Provavelmente é o tipo de programa que aumenta a interação entre homem e marca, ou homem e máquina. O cara vai entender mais sobre seu carro, e vai usá-lo melhor.

Muita gente valoriza isso. Mas é claro que tem um público que não quer nem saber onde fica o motor do carro, contanto que ele o leve do ponto A para o B.


Essa parcela de público nunca compraria um esportivo. Mas talvez comprasse um modelo como o finado Audi A2. Produzido entre 1999 e 2005, o A2 era um carro à frente de seu tempo. Não era bonito (longe disso, aliás), mas tinha carroceria de alumínio e foi pensado para quem não tinha a menor curiosidade sobre as partes íntimas do veículo.

Tanto que o modelo possuía na frente apenas uma pequena abertura para verificação periódica de água e óleo. Abrir o capô era coisa para a oficina. É esse carro aí das fotos.


O A2 não viveu para ver a chegada dos semiautônomos, muito menos o lançamento do A8 (mostrado esta semana), que já faz quase tudo sozinho (anda a até 60 km/h sem motorista). É o sedã da foto inferior.

O legal é que a indústria automotiva tem opções para todos os gostos. Atende a quem não quer nem saber o que faz o carro se mover, e também a quem deseja entender a função de cada parafuso de seu carro. E há quem diga que o carro vai acabar…


Mais Artigos

Férias são férias, a menos que apareça um Alfa Stelvio camuflado no caminho…

De repente, um Alfa Stelvio disfarçado apareceu na estrada, interrompendo momentaneamente as férias. Então, ao trabalho. Os Alpes italianos não vão sair de lá

Como o calor europeu afetou os carros

A onda de calor que atingiu a Europa na semana passada prejudicou não somente as pessoas, mas também os carros

Ford Ranger não tem medo do enfrentamento

Na prévia do lançamento da linha 2020 da Ranger, a Ford colocou à disposição dos jornalistas não apenas sua picape, mas também as principais concorrentes

Prazer de dirigir está longe de acabar

Algumas iniciativas tomadas por montadoras evidenciam que o prazer ao volante ainda vai durar muito tempo

Lançamento do BMW X7 foi uma road trip pelos EUA

Roteiro de lançamento do BMW X7 teve 8.600 km, mais de dez para-brisas quebrados, dois pneus furados e mudanças inesperadas de trajeto

Fraude, sonegação e furto são comuns no ramo dos combustíveis

De acordo com diretor de entidade de classe, atos ilegais como sonegação de impostos e até furto de combustíveis fazem parte da rotina

Continua depois do anúncio