
Ezequiel Daray
CAR NEWS/TURIM (ITÁLIA)
São tempos difíceis para a Fiat na Europa. As boas notícias vêm da América Latina, principalmente por causa do Brasil, e agora também dos EUA, onde a marca vende as versões “normal”, Cabrio e L do 500. E foi justamente para atender melhor consumidores como os norte-americanos, acostumados a tamanhos GG e GGG, que surgiu a minivan 500L, terceiro produto da linha e que, por ora, é feito na Sérvia.
A primeira impressão é de que a novidade é uma mescla de “ternura e simpatia”. Embora seu visual lembre o do Mini Countryman, o carro não compete com o modelo inglês. A 500L mira concorrentes como o Citroën C3 Picasso, que é feito também em Porto Real (RJ), e o Kia Soul, importado da Coreia do Sul.
Por dentro, a minivan não nega o DNA. Painel, volante e manopla da alavanca câmbio, por exemplo, têm o jeitão Fiat.
Entre os itens bacanas está a tela sensível ao toque, que faz parte do pacote multimídia, mas é o amplo espaço interno que mais chama mais a atenção no carro. Os bancos traseiros são grandes e acomodam pessoas de 1,8 metro sem aperto e com bastante conforto.
Com todos os encostos em posição normal, a capacidade do bagageiro da minivan é de 343 litros. São 46%, ou 158 litros a mais que o porta-malas do hatch.
No mercado europeu, a 500L está disponível com três opções de motor. Há um a diesel, de 105 cv, e dois a gasolina: de 0,9 e 1,4 litro.
Avaliamos esta última, que produz 95 cv e teria mais chance de ser vendida no Brasil. A diversão começa às 2 mil rpm.
A potência máxima surge aos 6.000 giros. É por isso que o pessoal da engenharia resolveu deixar todas as marchas (incluindo a sexta) bem curtas.
Até recentemente, havia rumores de que a minivan seria vendida no Brasil importada do México, uma vez que o 500 “convencional” é feito lá. Mas a possibilidade é muito remota.
Por causa das restrições às importações, que diminuíram o número de unidades isentas de imposto, a Fiat está trazendo cerca de mil unidades do carrinho por mês. Oferecer a versão familiar implicaria reduzir o volume de entregas do hatch, o que não parece ser uma boa estratégia.