A outra face do Mercedes E 500 Coupé

Modelo alemão é equipado com motor V8 5.5 de 388 cv. São exatos 116 cv a mais que na versão E 350, que traz o V6 3.5 de 272 cv, além de um ronco impagável. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 5,2 segundos. Seu preço no País? R$ 351 mil

Por 20 de abr, 2011 · 4m de leitura.

Michel Escanhola

No filme Irmãos Gêmeos, Arnold Schwarzenegger e Danny DeVito encenam dois personagens totalmente distintos, apesar de serem filhos dos mesmos pais e terem nascido no mesmo dia. Na linha Mercedes-Benz Classe E acontece algo semelhante. É como se o E Coupé fosse Julius (Schwarzenegger) e a versão sedã, Vincent (DeVito), tamanha a diferença visual entre os dois.


Mas ao contrário do filme, aqui o irmão bonitão é o menor. Com linhas mais modernas, o Coupé é 17 cm mais curto, 5 cm mais estreito e 7 cm mais baixo que o sedã.

E é impressionante como anda a versão E 500 (de topo), com motor V8 5.5 de 388 cv. São exatos 116 cv a mais que na E 350, que traz o V6 3.5 de 272 cv, além de um ronco impagável. Afinal, quanto vale a diversão de acelerar de 0 a 100 km/h em 5,2 segundos – 1,7 s mais rápido que no E 350? Para a Mercedes, R$ 57.100.


É essa a diferença de tabela entre as duas versões. O E500 cobra por sua exclusividade. O preço sugerido é de R$ 351 mil.

No País não há atualmente outro cupê com essa proposta na mesma faixa de preço. Também não existe outro modelo em que a ausência da coluna “B” (central) faça tanta diferença no visual quanto o Classe E.


O teto mais encurvado na parte traseira dá ar esportivo e tira o jeito de “barca” do três-volumes alemão. As lanternas, mais inclinadas que as do sedã, reforçam essa sensação.

O câmbio automático sequencial de sete velocidades tem acerto bem afinado com o motor. A suspensão é bem firme e, aliada às rodas de liga leve de 18 polegadas, fazem com que o cupê fique grudado no chão. É justamente em curvas fortes que dá para notar que os bancos de contornos variáveis “abraçam” o motorista e o passageiro da frente.

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Se o preço vale a pena? Muito, para quem quer um cupê belo e divertido e é fiel à Mercedes-Benz. Para os que não se apegam à marca nem fazem questão de ter um modelo de duas portas, por “meros” R$ 38 mil a mais dá para colocar na garagem um Porsche Panamera. Aí, é outra história.

FOTOS: SÉRGIO CASTRO/AE