Leandro Alvares
Versão mais simples do A4, a opção Attraction já está à venda no Brasil por R$ 123 mil (leia mais na página 5) com uma missão espinhosa: responder por 60% das vendas do sedã alemão da Audi. Para isso, terá de fisgar clientes das configurações de entrada dos conterrâneos BMW Série 3 e Mercedes Classe C, ambas na faixa dos R$ 120 mil. O modelo traz o conhecido motor 2.0 turbo com injeção direta de gasolina e turbo de 180 cv e, apesar de ser mais caro que a concorrência, é interessante por conciliar virtudes como luxo, conforto, força e bom nível de equipamentos.
Mesmo sendo o mais “simples” da família, traz de série itens como bancos revestidos de couro, com regulagem elétrica para o assento do motorista, controle de estabilidade, faróis de xenônio, freio de estacionamento elétrico e rodas de liga leve de 17”, entre outros. Em meio a tantos recursos, é lamentável a Audi ter optado por “se esquecer” de agregar à nova versão equipamentos como sensor de obstáculos na traseira, retrovisor fotocromático, acendimento automático dos faróis e navegador GPS.
No desempenho, a versão Attraction não decepciona. O bom torque de 32,6 mkgf, entregue a partir das 1.500 rpm, é bem gerenciado pelo câmbio CVT, que simula até oito marchas no modo sequencial. Em altas velocidades, o conta-giros fica abaixo das 2.500 rpm. Resultado: o silêncio a bordo impera, mas o motorista precisa ficar atento para não desrespeitar os limites da via.
Ponto também para a direção com assistência eletroidráulica, de respostas diretas. Com 2,8 metros de entre-eixos, o A4 acomoda quatro adultos com conforto. Merecem elogios também as suspensões independentes com bom acerto entre maciez e firmeza.
