Luís Felipe Figueiredo
A principal novidade na linha 2010 do Honda Accord, que já está à venda, é a versão EX, que substitui a LX como opção de entrada do sedã grande japonês. Pelos mesmos R$ 99.800 da tabela anterior, o carro passa a trazer mais itens de série. Seu motor é o quatro-cilindros de 2 litros a gasolina com 156 cv.
O Accord EX traz ar-condicionado com duas zonas de resfriamento, bancos de couro com ajustes elétricos, novo painel e sistema de som mais sofisticado. A maior oferta de itens de série é uma tentativa de esquentar as vendas do Accord.
No acumulado de janeiro a maio, o sedã somou 111 unidades vendidas. É menos do que registraram concorrentes como o Ford Fusion, por exemplo, que teve 3.745 emplacamentos, e o Hyundai Azera, com 2.760. Até o Kia Magentis, com menos tradição do que o Honda, vendeu mais: 321 unidades no período. Os dados são da Fenabrave, federação que reúne as associações de concessionárias.
Apesar disso, o Accord oferece vários atributos. Um deles é o bom motor 2.0, que mostra elasticidade e funcionamento bastante suave. Não é um primor em termos de desempenho, mas até que lida bem com os 1.489 kg do carro (são 9,54 kg/cv de relação peso/potência).
O câmbio é automático de cinco marchas e, ainda que sem opção de trocas sequenciais, é ágil e atende a vontade do motorista. A suspensão, independente nas quatro rodas (há braços triangulares na dianteira e multibraço atrás) mantém estável o carrão de quase 5 metros de comprimento e 1,84 m de largura.
O espaço para passageiros no banco traseiro é bom e a posição de dirigir, perfeita. O volante conta com ajuste de altura e distância.
FOTOS: SÉRGIO CASTRO/AE
