Aceleramos o Corvette que vem para o Brasil

Chevrolet Corvette Stingray chega ao País no Salão do Automóvel de São Paulo

Por 01 de jun, 2014 · 7m de leitura.
Corvette nunca foi vendido pela Chevrolet no Brasil antes

Lançado em 1953, o Corvette nunca foi vendido pela Chevrolet no Brasil. A marca não confirma, mas, para se redimir desse pecado, vai oferecer no País a sétima geração do esportivo, que volta a ostentar o sobrenome Stingray, com o qual ficou consagrado. O modelo tem motor V8 de 461 cv, acelera de 0 a 100 km/h em menos de 4 segundos, estará no Salão do Automóvel deste ano – a partir de 31 de outubro – e deverá chegar às concessionárias em 2015 com tabela de cerca de R$ 350 mil.

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Para conferir como o novo modelo se comporta, avaliamos a versão Coupe com câmbio manual de sete e automático de seis velocidades. Há ainda a conversível e, no fim do ano, os norte-americanos poderão optar pela superesportiva Z06, com motor de 625 cv.

A configuração Coupe é, na verdade, Targa, pois seu teto, de policarbonato, pode ser retirado e guardado no pequeno porta-malas. Quando chegar ao Brasil, o Stingray já deverá contar com a transmissão automática de oito velocidades, que estará disponível na linha 2015.


Embora não seja revolucionário como o modelo de 1953 foi para a sua época, o novo Corvette traz uma série de modernidades. Entre as principais, estão a larga utilização de alumínio na estrutura, que ficou cerca de 60% mais rígida, suspensões e partes da carroceira – há também peças de fibra de carbono. A redução de peso em relação à geração anterior passa de 60 kg.

Entre as novidades do motor V8 estão injeção direta de gasolina, comando variável das válvulas e, conforme a situação, desativação de parte dos cilindros. O recurso, útil em uma época em que as fabricantes buscam reduzir o consumo de combustível, nunca deve ter passado pela cabeça dos engenheiros do modelo da primeira geração.


No visual, houve mudanças significativas. Embora mantenha o conceito clássico, de capô longo e traseira truncada, o novo Corvette traz linhas muito retas, bem diferentes do formato arredondado utilizado até então. Pode parecer um contrassenso, mas, de acordo com informações da fabricante, há melhorias na aerodinâmica que se traduzem em aumento de eficiência. O consumo médio na estrada, segundo dados da Chevrolet, é de 12,3 km/l, números muito bons para um “vê-oitão”.

O Stingray é um carro bastante confortável. Esqueça o clima claustrofóbico da cabine do Camaro, por exemplo. Além da boa área envidraçada, os grandes vincos do capô e o teto transparente contribuem para melhorar o aspecto de amplidão.

Os bancos, de couro, têm ajustes elétricos, são bem confortáveis e acomodam motorista e passageiro de até 1,85 metro sem traumas. Os comandos estão todos à mão e, além de um ótimo sistema de entretenimento, dá para ver informações como as do navegador GPS e velocidade, projetadas no para-brisa. A versão com câmbio automático traz aletas atrás do volante para trocas de marcha.


Aliás, seja com a caixa manual ou automática, o Corvette Stringray é bom de guiar. As respostas de acelerador e freios são muito rápidas. A direção, por sua vez, poderia ter calibragem um pouco mais “pesada”.

Em arrancadas e retomadas até a quarta marcha, o Chevrolet é um foguete. A sexta e a sétima (manual) têm função overdrive. Se precisar acelerar, baixe para, no mínimo, a quinta.


Há 12 opções de configuração eletrônica do modelo, que vão do formato de visualização das informações no painel até a intensidade das respostas do acelerador, ajuste da suspensão e som do escapamento. Tudo feito por meio de um botão giratório no console central.

E, como nem tudo é perfeito, dois aspectos incomodam bastante: o ruído do vento acima de 80 km/h e o calor intenso na cabine após o carro ficar algum tempo sob o sol forte.