Aceleramos o novo Chevrolet Cruze

Nova geração do Chevrolet Cruze chega ao Brasil vinda da Argentina com motor 1.4 Turbo e preço de R$ 89.990

Por 01 de jun, 2016 · 5m de leitura.
Novo Cruze no campo de provas da GM

A palavra que define a chegada do novo Chevrolet Cruze é evolução. De igual à geração anterior, só o nome, o resto, plataforma, motor, câmbio, visual e até mesmo o preço são diferentes. O sedã médio, que tem preço inicial de R$ 89.990, é um reflexo do que a nova GM pretende ser ao apresentar um visual moderno e uma dirigibilidade bem interessante.

O motor 1.4 Turbo flexível de até 153 cv e 24,5 mkgf com etanol gera uma aceleração muito linear. Além disso, o torque todo entra a apenas 2 mil rpm e o câmbio automático de seis marchas faz um bom papel. Há força de sobra para ultrapassagens e retomadas e não há “buracos” na aceleração. No entanto, como o interior é muito silencioso (a GM trabalhou muito para isso), o barulho do motor é quase imperceptível. Para o consumidor que busca conforto é ótimo, mas o que esperar mais emoção quando vir a palavra “Turbo” na tampo do porta-malas, a ausência do ronco do motor pode desanimar.


Outros aspectos muito positivos do sedã são a suspensão e a direção. O conjunto suspensivo de McPherson e eixo de torção na traseira, muito bem azeitado, deixa o Cruze muito gostoso de dirigir mesmo em buracos. Além disso, não há muito retorno de mola na saída de ondulações e, quando os pneus 215/50 começam a perder aderência, os controles eletrônicos seguram o carro nas curvas com toda segurança. A plataforma D2XX, a mesma do Astra europeu, também ajuda a deixar o carro sólido e com pouca torção de carroceria.

Já a direção é muito precisa e permite controlar o carro com muita fidelidade de movimentos. O ajuste da coluna poderia ter uma elevação maior para quem gosta de dirigir com o volante mais alto, mas forma bom conjunto com a os ajustes do bancos para encontrar a posição correta de dirigir rapidamente.

Por dentro, os 150 mm a mais de entre-eixos (2,70 metros no total), junto de uma nova configuração de interior, deixaram o carro mais espaçoso. E o acabamento, muito bom, está há anos luz do Cruze anterior, que possui algumas falhas. A melhoria na qualidade de construção do carro é clara, assim como o interior cinza das versões mais caras. O preto ainda lhe cai melhor.


Mas para aumentar esse espaço mesmo com o crescimento de dimensões do cruze, a GM sacrificou ligeiramente o volume do porta-malas, que foi de 450 litros para 440 litros, assim como o tanque de combustível, que é 10 litros menor, com 50 litros.