Aceleramos o novo Jeep Compass com motor 2.0 Flex

Novo Jeep Compass com motor 2.0 Tigershark Flex tem 166 cv de potência máxima e mostra bom desempenho

Por 20 de out, 2016 · 7m de leitura.
Compass 2.0 Flex

Quando fez o lançamento mundial do Compass, há menos de um mês, a Jeep tomou o cuidado de colocar para teste da imprensa apenas modelos equipados com motor 2.0 a diesel (170 cv) e câmbio automático de nove marchas. Todo mundo aprovou. Mas havia a expectativa sobre como se sairia o modelo equipado com o novo motor 2.0 Tigershark flexível. Afinal, em relação ao diesel, a potência é um pouco mais baixa (são 166 cv), e o torque cai quase pela metade: são 20,5 mkgf, bem abaixo dos 35,7 kgfm do modelo a óleo combustível. Pois a notícia é: não há nada a temer.

A versão 2.0 flexível anda menos que o modelo a diesel, mas o motor 2.0 resolve a anemia manifestada pelo 1.8 flexível E.torQ (132 cv) que equipa Jeep Renegade e Fiat Toro, irmãos de plataforma do Compass.


O Compass embala com facilidade e o ponteiro do velocímetro sobe com agilidade. Dá uma leve titubeada nas saídas (afinal, tem de dar conta de um carro de 1.541 kg), mas depois disso acorda com disposição. Trabalha em dupla com o bom câmbio automático de seis marchas, e sem fazer barulho. A 120 km/h, em sexta, funciona a 2.500 rpm. Assim, em velocidade de cruzeiro, é muito silencioso. Como o modelo foi avaliado com gasolina (com o qual rende 159 cv), é de se supor que com etanol o carro agrade ainda mais.

A nota negativa é o consumo: com etanol, os números divulgados pela Jeep são de apenas 5,5 km/l na cidade e 7,2 km/l na estrada. Com gasolina, são, respectivamente, 8,1 km/l e 10,5 km/l.
A isolação acústica da cabine é muito boa, resultado, entre outras coisas, da tripla guarnição de borracha nas portas.

O modelo também reafirmou outras qualidades já reveladas pelo Compass a diesel. Tem visual moderno e “parrudo”, sem ser desengonçado. Nas curvas, apresentou pouca inclinação lateral, e sobre pisos irregulares “pulou” pouco. Segundo a Jeep, esse bom comportamento deve-se à variação dos amortecedores. Eles têm furos que permitem passagem de óleo, e garantem taxa de amortecimento diferentes, dependendo das condições do piso.


O acabamento interno é muito bom, com superfícies macias. Além disso, conta com diversos porta-objetos, incluindo um sob o banco do passageiro, como no EcoSport.

Em termos de visual interno, só não conta com o seletor de modo de tração, presente no diesel, porque o 2.0 Tigershark está disponível apenas com tração dianteira.

As vendas do Compass começam oficialmente no dia 5 de novembro, e a expectativa da Jeep é a de que o motor flexível responda por 70% do total. A opção está disponível em três versões: Sport (R$ 99.990), Longitude (R$ 106.990 ) e Limited (R$ 124.990). As versões a diesel vão de R$ 132.990 a R$ 149.990 (Trailhawk). A Longitude deverá ser a mais vendida da linha.


O motor Tigershark foi lançado em 2013 e é produzido no México, mas as adaptações que o tornaram flexível foram feitas no Brasil. Ele tem resistência elétrica que aquece o etanol na “flauta” de alimentação, o que dispensa o subtanque de gasolina para partidas a frio. Além disso, conta com duplo comando variável, 16 válvulas e bloco de alumínio.

Na versão Sport, tem apenas dois air bags. Mas traz de série sistema de fixação Isofix para cadeira infantil, controle de tração, estabilidade, auxiliar de partida em rampa, etc.
A Longitude tem entre itens principais, chave de presença, comandos para troca de marcha no volante e tela de 8″ com navegador GPS. A versão de topo oferece de série sete air bags, faróis de xenônio, sensor de ponto cego nos retrovisores, etc.

Os principais concorrentes do Compass flexível serão Hyundai ix35, Kia Sportage e Honda CR-V. Mas pode por na lista até sedãs médios (leia-se versões mais caras de Honda Civic, Chevrolet Cruze e Toyota Corolla, por exemplo).