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A Polícia Federal dos Estados Unidos (FBI) prendeu no último sábado (7) um executivo da Volkswagen envolvido no caso do que ficou c onhecido como “Dieselgate”. Trata-se do escândalo de fraude da empresa aos testes de emissões realizados em seus modelos a diesel, que receberam um software para enganar os aparelhos usados nas avaliações – na verdade, eles emitem mais que o acusado. A fraude envolveu mais de 11 milhões de carros em todo o mundo.
Oliver Schimidt era o chefe da área de Engenharia e Meio Ambiente da Volkswagen nos Estados Unidos entre 2014 e março de 2015. De acordo com o FBI, ele está sendo acusado de ter um papel fundamental na tentativa da marca de esconder dados que provariam que a Volkswagen deliberadamente fraudou os motores dos carros a diesel vendidos no país.
Quando surgiram dados sobre a fraude, em 2014, o escritório que cuida de emissões e meio ambiente no Estado da Califórnia questionou a marca. Schimidt reiterou várias vezes serem falsos os resultados dos testes de emissões realizados pelo órgão, que eram muito mais altos que os homologados.
História. Em 2014, um teste da California Air Resources Board and the Environmental Protection Agency (CARB – EPA), na Califórnia, achou números 40 vezes maiores de emissões de poluentes nos carros com motores a diesel vendidos pelo Grupo Volkswagen no país.
Depois de muito procurar, os responsáveis pelo órgão descobriram que em condição de teste (em um dinamômetro, com o carro parado e o volante em posição reta), havia um software que reduzia as emissões dos motores, que pareciam estar de acordo com o regulamentado por lei. Em condições reais de uso, o carro poluía muito mais.
A partir daí, carros começaram a ser testados em outros pontos do mundo e o caso ganhou dimensões globais, com a proibição de venda de modelos a diesel da VW e outras marcas em Suíça, Itália e Coreia do Sul, entre outros.
Além de consertar alguns carros e comprar outros de volta, a Volkswagen fechou um acordo com o governo norte-americano de US$ 13 bilhões em compensações, que serão usados em pról do meio ambiente, a fim de reduzir o dano possivelmente causado pelos carros a diesel da marca.
No Brasil. Por aqui, o único modelo a diesel comercializado é a picape Amarok, que teve 17 mil unidades envolvidas no “Dieselgate”. O resultado foi uma multa do Ibama de R$ 50 milhões e outra do Procon, de R$ 8,5 milhões. Além disso, uma secretaria do Ministério da Justiça abriu um processo administrativo contra a marca.