O administrador designado para reestruturar a Saab pedirá à Justiça sueca que determine a falência da fabricante de veículos. De acordo com Guy Lofalk, embora a empresa possa receber uma injeção de 50 milhões de euros de uma companhia investidora, não há como garantir a continuidade das operações.
Os proprietários da empresa contestam a avaliação de Lofalk e vão pedir à corte da Suécia que o processo de reestruturação da companhia seja mantido. Eles também querem a substituição do atual gestor.
Em setembro a Saab pediu concordata e conseguiu da Justiça um prazo de três meses para se recuperar. O tempo está terminando e, ao menos por ora, não há sinal de uma solução para a crise.
Desde que a empresa entrou em concordata, sua produção está paralisada. Atolada em dívidas, sem crédito e veículos para entregar, a situação está se agravando cada vez mais.
A Saab foi comprada no ano passado da General Motors pela holandesa Spyker Cars. A empresa surgida da fusão ganhou o nome Swedish Automobile.
As chinesas Pang Da e Youngman haviam prometido injetar dinheiro na sueca, mas o financiamento não saiu.
Não é a primeira vez que a Saab pede proteção judicial. Em fevereiro de 2009 recorreu ao mesmo expediente e obteve perdão de 75% de sua dívida. Mas a situação atual é bem diferente. Àquela época, a empresa não paralisou a produção.
Brasil
Enquanto a Saab se desintegrava na Suécia, no Brasil o diretor da Platinuss, loja especializada na importação de carros de luxo, confirmava os planos de distribuir os veículos suecos aqui. Em maio deste ano, Hideki Oshiro disse ao JC que até já havia escolhido o local para o showroom, na Av. Europa (zona sul da capital). “Acredito que não vai demorar muito para a Saab resolver seus problemas”, afirmou o executivo à época.
O tempo passou e o destino das duas empresas parece convergir. A Platinuss deixou de existir e na loja da Av. Europa funciona, há cerca de um mês, uma das filiais da Avallon Blindagens Especiais.