Agora nacional, Fiesta diversifica nas versões

Por 21 de abr, 2013 · 6m de leitura.

RAFAELA BORGES
FOTOS: ROBSON FERNANDJES/ESTADÃO

Antes mexicano e agora produzido em São Bernardo do Campo (SP), o Fiesta mudou muito além da aparência, que inclui a bela grade frontal oval ao estilo Aston Martin – principal característica da nova identidade da Ford. O hatch estará nas autorizadas da marca em maio trazendo um novo motor 1.5, além do 1.6 reformulado, opção de câmbio automatizado de duas embreagens e seis marchas e ampla lista de versões, que lhe permitem enfrentar compactos de vários segmentos do mercado.

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A tabela parte de R$ 38.990 para a opção S 1.5 – com 111 cv quando abastecida com etanol. Todas vêm de fábrica com dois air bags dianteiros, freios ABS, ar-condicionado, direção hidráulica, vidros dianteiros, travas e retrovisores elétricos e sistema de som.

A intermediária, SE, começa em R$ 42.490 com motor 1.5 e em R$ 45.490 com o 1.6. A partir desta dá para incluir o câmbio automatizado, que custa R$ 3.500.


Topo de linha, a Titanium tem apenas motor 1.6. A mais traz itens como bancos de couro, sete air bags e controlador eletrônico de velocidade, por R$ 51.490. Com câmbio automatizado, como na unidade avaliada pelo Jornal do Carro, o preço sobe para R$ 54.990.

O motor 1.6 traz novidades como comando duplo e variável de válvulas. Essa solução foi a que mais contribuiu para aumentar a potência de 115 cv – no mexicano – para 130 cv (com etanol). Não há mais tanquinho de gasolina para partida a frio, substituído pelo sistema que aquece o derivado da cana em dias frios.

Combinado com a transmissão de duas embreagens (disponível no Fiesta feito no México, mas que não era oferecida no Brasil, o motor dá agilidade ao compacto a partir das 2,5 mil rpm. Nessa faixa de rotação as trocas de marcha são rápidas e suaves e o carro embala com competência em retomadas de velocidade.


O problema é quando o ponteiro do conta-giros está muito baixo. Nesse caso, ao pressionar com força o pedal para acelerar, as respostas são lentas e o câmbio dá um tranco.

Mas a ótima dirigibilidade compensa esse desconforto ao arrancar. São rápidas e precisas as respostas da direção com assistência elétrica. O volante, de bonito desenho, oferece boa empunhadura.


A suspensão proporciona conforto sem ser muito mole e deixa o carro gostoso de dirigir em curvas e em alta velocidade. O controle eletrônico de estabilidade é de série em todos os Fiesta 1.6.

Por dentro, o desenho dos painéis central e de instrumentos – que permite ótima leitura – é descolado e o revestimento de couro dos bancos e volante dá sensação de requinte. A qualidade dos plásticos, porém, pode não agradar quem está habituado a carros na faixa dos R$ 50 mil.

Quanto à versão sedã, por ora a importação foi interrompida. Essa opção voltará a ser trazida do México em julho, com a mesma cara do hatch renovado.