
MARCELO FENERICH
A recém-lançada versão cabine-simples da Amarok tem uma missão complicada no País: ajudar a Volkswagen na briga com marcas consagradas no segmento, como Chevrolet e Toyota. Com tabela de R$ 80.990 (4×2) a R$ 87.990 (4×4), traz motor 2.0 16V turbodiesel de 122 cv e 34,7 mkgf a partir de 1.750 rpm. O câmbio é manual de seis marchas. Avaliamos a versão com tração integral.
Dos modelos para trabalho com motor a diesel à venda no Brasil, a novata é a mais cara e menos potente. Isso sem falar que Chevrolet S10 e Ford Ranger terão novas gerações em breve e a Toyota Hilux ganhará motor mais eficiente. Mesmo assim, segundo informações da fabricante, essa Amarok deverá representar de 15% a 20% das vendas da linha.
O modelo vem de série com controle de tração e distribuidor da força de frenagem, além de ABS. Entre os itens de conforto estão ar-condicionado, direção assistida. Equipamentos simples, como vidros elétricos, são opcionais.
O trem de força é uma das principais virtudes dessa picape. Mesmo sendo 41 cv mais “mansa” que a topo de linha (cabine-dupla), basta um leve toque no acelerador para a frente da Amarok “empinar”. É preciso atenção para não ultrapassar o limite de velocidade em ruas e rodovias.
A versão “profissional” manteve o ótimo ajuste de suspensão das irmãs mais emperiquitadas. Diferentemente de suas concorrentes, ela é bem confortável e pula pouco.
É na terra que essa VW mostra sua vocação. Por meio de botões no console dá para escolher o tipo de tração, bloquear o diferencial traseiro e desativar o controle de estabilidade.
O recurso é bem eficaz em curvas. Ao ser acionado, a picape quase não sai de traseira em acelerações fortes.