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Analisamos as chances do Kia Rio
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Analisamos as chances do Kia Rio

O Kia Rio finalmente chegou. Estudamos seus pontos fortes e fracos, e comparamos com a concorrência

Hairton Ponciano Voz

22 de jan, 2020 · 6 minutos de leitura.

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kia rio
Kia Rio chega com vantagem na capacidade do porta-malas (325 litros), mas não terá motor turbo
Crédito:Benoit Tessier/Reuters

A partir da semana que vem, o segmento de hatches compactos passará ter um novo integrante. A Kia finalmente vai passar a vender no Brasil o Rio. O modelo chega em duas versões. A básica, LX, vai custar R$ 69.990. Já a mais cara, EX, vem com preço sugerido de R$ 78.990,00. Ainda não testamos o modelo, mas já é possível fazer uma análise preliminar sobre suas chances no segmento mais importante do mercado.

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As duas versões vêm com o mesmo conjunto motor-câmbio. O 1.6 flexível de quatro cilindros é o mesmo que equipa o Hyundai HB20X e o SUV Creta. Ele rende 130 cv com etanol e 123 cv com gasolina. O câmbio automático tem seis marchas.

Com isso, ele não perde em potência diante da concorrência. Mas mostra que a Kia optou por uma solução mais conservadora. Concorrentes de peso do segmento já oferecem o 1.0 turbo de três cilindros. É o caso de VW Polo (128 cv), Chevrolet Onix (116 cv) e Hyundai HB20 (120 cv). Motores turbo normalmente oferecem maior agilidade nas respostas, porque têm bom torque em baixas rotações.


No Rio, os 16,5 mkgf aparecem a 4.500 rpm. Como comparação, o HB20 rende mais (17,5 mkgf) em rotação muito menor (1.500 rpm). O Onix tem 16,8 mkgf a 2.000 rpm, igualmente números bem melhores que os do Rio.

Kia Rio gasta mais combustível que 1.0 turbo

O consumo dos 1.0 turbo também é melhor. De acordo com dados do Inmetro, o Rio faz média de 7,2 km/l na cidade e 9,3 km/l na estrada, com etanol. Os três concorrentes 1.0 turbo conseguem média acima de 8,0 km/l na cidade e além dos 10,0 km/l na estrada, também com etanol.


Um dos pontos fortes do Rio é a garantia. O hatch produzido no México tem cobertura de fábrica de cinco anos, o mesmo que o “irmão” HB20 (Kia e Hyundai pertencem ao mesmo grupo). Polo e Onix têm três anos de garantia.

O hatch da marca sul-coreana tem 4,06 metros de comprimento. Isso representa 12 cm a mais que o HB20 (3,94 m) e 10 cm a menos que o Onix (4,16 m). Quanto à distância entre eixos (que define o espaço interno), o Rio é o melhor: tem 2,58 m, contra 2,56 m do Polo, 2,55 m do Onix e 2,53 m do HB20.

Porta-malas do Rio é o maior

O modelo da Kia leva vantagem também no porta-malas. De acordo com a Kia, o hatch abriga 325 litros, ante 300 l de HB20 e Polo, e 289 l do Onix.


Entre os principais equipamentos, as duas versões têm sistema multimídia com tela de 7” sensível ao toque, compatível com smartphones (Android Auto e do Apple CarPlay). Há ainda espelhos elétricos, câmera de ré, sensores de pressão dos pneus, rodas de liga leve 15” e faróis de neblina.



Adicionalmente, a versão EX tem ar-condicionado digital (manual no LX), retrovisores com rebatimento automático, revestimento de couro (bancos, volante e alavanca de câmbio), controlador de velocidade e luzes diurnas de LEDs.

Quanto ao preço, o Rio irá brigar com as versões intermediárias e de topo de linha dos concorrentes. Os R$ 69.990 da versão LX vai encarar tanto o Polo 1.6 MSI automático (R$ 63.350) como o Comfortline 200 TSI (1.0 turbo, que custa R$ 71.560). O modelo também está na faixa do HB20 1.0 turbo Evolution (R$ 67.190) e Diamond (R$ 73.590).


Já o Onix tem no preço um ponto praticamente imbatível. A versão 1.0 turbo LTZ automática vem bem equipada (o que inclui até seis air bags de série) por R$ 67.890. A topo de linha Premier custa R$ 74.790, e traz itens como rodas de liga leve aro 16 (15″ no Rio). Que comece a partida. Vamos ver como o hatch mexicano se sai diante do trio nacional.

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