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Andamos com o Captur, novo SUV da Renault
Avaliação

Andamos com o Captur, novo SUV da Renault

Aceleramos o Renault Captur na versão Intense 2.0 de até 148 cv e câmbio automático de quatro marchas

15 de fev, 2017 · 8 minutos de leitura.

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 Andamos com o Captur, novo SUV da Renault
Captur tem partes do Duster e do Captur europeu, que é menor do que o nacional

A Renault conquistou com o Duster um público racional, atraído pela combinação de espaço amplo e preço mais acessível que o dos concorrentes. Agora, a marca investe, com o Captur, que chega às lojas no início de março, em uma fórmula mais emocional, apostando no visual atraente e no acabamento refinado, mas sem abrir mão da amplitude na cabine.

O utilitário paranaense tem preço inicial de R$ 78.900 e divide plataforma, suspensão traseira, freios e cremalheira da direção com o Duster – o novato é 76 quilos mais pesado. Do Captur europeu, que é menor, vieram faróis, portas, tampa do porta-malas e painel de instrumentos. Além disso, o nacional é 20 cm mais comprido, 40 cm mais largo e 5 cm mais alto. O porta-malas tem 437 litros, mesma capacidade do bagageiro do Honda HR-V.

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De série, há partida por botão, controles de tração e estabilidade, auxílio para partida em rampa, quatro air bags, sensor de obstáculos na traseira, luzes diurnas e lanternas de LEDs. O volante tem ajuste de altura, mas não de profundidade. A assistência à direção é eletroidráulica e o alternador inteligente só dá carga para a bateria durante as desacelerações, o que reduz o consumo.

A versão Zen, de entrada, tem motor 1.6 de até 120 cv e câmbio manual de cinco marchas. Há como opcionais central multimídia e câmera atrás. Em junho virá o câmbio automático do tipo CVT.

Na Intense (R$ 88.490), de topo, o motor é 2.0 de até 148 cv e o câmbio, automático de quatro marchas. É possível adicionar bancos de couro e extras em relação a 1.6 são o ar-condicionado automático, faróis de neblina com luzes direcionais de curva e sensores que ativam os faróis e o limpador de para-brisa.


No visual, o Captur nacional lembra o europeu, mas tem um toque de minivan por causa das linhas mais arredondadas. O efeito é mais atraente que o visto no retilíneo Duster. Na cabine, o material que reveste painel e portas é agradável ao toque e as peças são bem montadas. Fazem falta porta-objetos de fácil acesso aos ocupantes dos bancos da frente.

O isolamento acústico é bom. O som do motor não invade a cabine, como ocorre no Duster. Os botões que acionam a função econômica de condução, que deixa as respostas do acelerador um pouco mais lentas, e o controle de velocidade de cruzeiro ficam abaixo do freio de estacionamento, em posição incômoda.

Ao volante.Para quem considera dirigibilidade um item primordial, o Captur deve decepcionar, por ter comportamento semelhante ao do Duster. As respostas da direção são pouco diretas, o que torna as reações do utilitário novato lentas. A posição de guiar é muito elevada e o volante, de aro grosso, não proporciona uma pegada muito boa.


O motor 2.0 não teve mudanças ante o do Duster. O câmbio automático foi recalibrado, o que melhorou as reações ao acelerador no trânsito, mas o carro sofre para responder se o motorista quiser impor uma tocada mais esportiva. Nesse caso, é melhor trocar as marchas manualmente. A suspensão tem ajuste confortável, como no Duster, mas com um pouco mais de firmeza, passando segurança em curvas.

Segmento está em ebulição. Será grande o desafio imposto ao Captur. O segmento no qual o novato ingressará, de utilitários-esportivos compactos, está em ebulição no País. Em 2016, a categoria registrou o segundo maior volume de vendas do Brasil, atrás dos hatches compactos. Além disso, uma série de boas novidades chegou nos últimos meses.


O Nissan Kicks, por exemplo, estreou em agosto. Sua versão intermediária, SV, veio no fim do ano passado, pouco antes do lançamento do Tracker reestilizado. O Chevrolet é o primeiro do segmento no País com motor (1.4) turbo com injeção direta de combustível.

No mês passado, veio o Hyundai Creta. Em maio, o Ford EcoSport terá novos visual e motor. Em janeiro, o Honda HR-V foi o mais vendido do segmento, seguido pelo Jeep Renegade. O Kicks ficou na terceira posição.


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