Andamos no esportivo BMW M2 Coupé

Esportivo chega ao País por R$ 379.950; equipado com motor 3.0 turbo de 370 cv é o menor da linha M

Por 15 de jun, 2016 · 5m de leitura.
M2 Coupe

Ele não tem os 431 cv dos irmãos maiores (e mais famosos) M3 e M4. Mas, quer saber? Nem precisa. A BMW está lançando o M2 Coupé no Brasil, por R$ 379.950. O modelo importado da Alemanha traz o mesmo seis-cilindros em linha com turbo, mas com 370 cv (61 cv a menos). Solte os três na pista e o pequeno atrevido parte no encalço dos familiares mais potentes com saúde invejável.

O M2 Coupé é um autêntico representante da linhagem M e herdeiro direto do 2002, lendário carro de 1973. Embora seja menor que o M3, seu desempenho é equivalente, já que herda muito da mecânica do parente famoso. Para ir de 0 a 100 km/h, bastam 4,3 segundos, ante os 4,1 segundos do M3, conforme dados da BMW.


Avaliado na pista da Fazenda Capuava, um circuito travado e com curvas de baixa e média velocidade no interior paulista, o cupê mostrou muita disposição. Como o motor sobe de giro com facilidade, mesmo na curta reta do circuito, e travada com chicane, deu para chegar aos 7.000 rpm, com o motor soltando um urro forte pelas quatro saídas de escape.

Os discos de freio de material composto (aço na área de atrito e alumínio na parte central, para redução de peso) respondem com eficiência, mesmo sob uso severo. As pinças são pintadas de azul, e trazem o logotipo “M” gravado.

Para o Brasil, o esportivo vem apenas com câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas. As trocas são rápidas tanto no modo automático quanto no manual, acionado por alavanca ou aletas na parte de trás do volante.


Na pista, o M2 pôde mostrar outra característica que o favorece diante dos irmãos: a distância entre os eixos (2,69 metros) é 12 centímetros mais curta que a do M3, o que resulta em agilidade ao contornar curvas fechadas. Mesmo no limite da aderência lateral, há pouca inclinação da carroceria, e até em situações críticas o cupê consegue passar segurança. A suspensão independente é feita de alumínio e a distribuição de peso é ponto de honra para a BMW. São 50% para cada eixo, o que torna o carro bem neutro em curvas.

Os controles eletrônicos de tração e diferencial estão lá para auxiliar o motorista que passar dos limites. Afinal, o cupê “gosta” de chegar aos limites. Aliás, há bomba de óleo suplementar no motor, para garantir a lubrificação em frenagens fortes e em curvas feitas em alta velocidade. Nessas situações, o óleo literalmente “sobe pelas paredes” do cárter.

O cupê tem duas portas, quatro lugares e visual caracterizado pelas enormes entradas de ar na dianteira e pelos para-lamas “alargados” atrás, de forma a acomodar o eixo traseiro derivado do M3.