
Em 2012, a Honda anunciou que traria a nova geração do NSX ao Brasil e a ofereceria com a marca Acura. Mudanças no panorama do mercado, porém, fizeram a empresa desistir de trazer sua marca de luxo, mas o superesportivo não está descartado. Sua vinda deve ocorrer até 2017, após a estreia nos EUA (em 2016) com o logotipo Honda. Por causa da grande oscilação do dólar, ainda não há preço, mas fontes estimam valor em torno de R$ 1 milhão.
Avaliamos o modelo no Japão em uma pista de testes do complexo de Tochigi, onde mais de 10 mil colaboradores trabalham no desenvolvimento de produtos da Honda. O exemplar era de pré-série, uma vez que a produção em escala regular só terá início no ano que vem.
Embora tenha sido desenvolvido nos EUA, o NSX é o símbolo máximo do poderio da marca nipônica. Chamado por muitos de Ferrari japonesa em sua primeira geração, da década de 90 (cujo projeto teve o piloto Ayrton Senna como colaborador), o NSX é um carro fantástico, que mostra carisma logo no primeiro contato.
O visual é tão afiado quanto uma katana, a tradicional espada dos samurais e guerreiros japoneses. Mas são o desempenho e a dirigibilidade as melhores armas do modelo. Agora híbrido, o NSX tem motor V6 bitubo de 500 cv e mais três elétricos (dois na frente, um em cada roda) de 73 cv no total, para gerar torque instantâneo.
O resultado são acelerações impressionantes, com retomadas que chamam ainda mais a atenção. Como o limite de velocidade da pista de testes era de 180 km/h, tivemos de obedecer a regra, mas a rapidez com que o ponteiro alcança essa marca chega a assustar. A tarefa é cumprida em menos de 10 segundos.
Rodando a 140 km/h, basta pisar de leve no acelerador para chegar a 180 km/h em um piscar de olhos. Isso porque boa parte dos 66 mkgf de torque é entregue 0,2 milissegundos após o início da aceleração. Há ainda o ótimo trabalho do câmbio automatizado de dupla embreagem e nove marchas e os baixos 1.725 quilos.
Cupê é sólido e tem ótima estabilidade. Por ter cárter seco para melhorar o centro de gravidade, distribuição de peso de quase 50-50 e tração integral, o NSX também fica bem grudado no chão.
Agrada a forma como o Honda entra nas curvas, totalmente equilibrado, e como sai, pegando cada quilo de força e jogando para a frente, não para os lados. Não é todo dia que se guia um esportivo tão sólido e à mão do motorista.
É a mesma sensação que se tem ao pilotar as motos superesportivas da marca. Mesmo sendo muito potentes, é como se elas tivessem sido suas a vida inteira, tamanha a facilidade no uso. Um carro com esse comportamento promete fazer muito sucesso entre os clientes que gostam de se divertir nas pistas.
A posição de dirigir é muito boa. E, embora seja um esportivo nato, o NSX não é apertado e oferece visibilidade razoável. O motorista fica sentado rente ao assoalho, o que ajuda a manter o volante centralizado com a visão da pista. Todos os comandos são fáceis de alcançar e o acabamento é excelente.
VIAGEM A CONVITE DA ANFAVEA