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Lançada no Brasil há três anos, a segunda geração do Ford Fusion passa por seu primeiro grande conjunto de mudanças. As atualizações incluem reestilização leve, aumento da potência do motor 2.0 turbo, uma nova versão e adição de tecnologias. A linha 2017 do sedã médio grande mexicano chega Ãs autorizadas do PaÃs em 1º de outubro.
As mudanças acarretaram um grande aumento de preço. A versão SE, de entrada, agora parte de R$ 121.500 – a alta foi de R$ 7.100 (ou 10,6%). O propulsor 2.5 flexÃvel traz atualizações que permitiram reduzir o consumo de combustÃvel em até 7%, segundo informações da Ford. A potência não mudou: são até 175,6 cv com apenas etanol no tanque.
O 2.0 Ecoboost a gasolina, por sua vez, ganhou 14 cv, agora gera 248 cv de potência e está nas versões SEL (novidade na linha), cuja tabela começa em R$ 125.500, e Titanium, de topo. A diferença, de apenas R$ 4 mil ante o preço da SE, mostra que a Ford quer concentrar as vendas do Fusion nas opções com motor mais forte.
A configuração Titanium, aliás, ficou R$ 8.600 mais cara e parte de R$ 138 mil. Com tração nas quatro rodas (AWD), a tabela é de R$ 154.500 – nesse caso a alta foi de R$ 9.100.
No visual, as alterações aplicadas ao sedã são discretas. Lanternas e faróis foram redesenhados – os da versão Titanium agora têm sistema de iluminação feito totalmente por LEDs (full-LED). Os faróis de neblina, antes redondos, agora são horizontais (as molduras também mudaram). A grade dianteira também recebeu uma leve atualização.
Todas as versões vêm com rodas de liga leve de 18 polegadas. Para cada uma há desenho exclusivo e as da Titanium AWD são diamantadas.
Por dentro, a principal alteração está na alavanca do câmbio, substituÃda por um botão giratório. A solução liberou espaço no console central. A versão Titanium AWD tem opção de acabamento com couro na cor bege, além do preto, também disponÃvel para as demais.
Embora todas as configurações estejam mais bem equipadas, as novas tecnologias de destaque foram concentradas na Titanium. A com tração 4×2 traz a terceira geração do sistema multimÃdia Sync, compatÃvel com Android Auto e Car Play, da Apple. Na AWD, há ainda sistema de estacionamento automático com opção de manobras em vagas perpendiculares, detector de pedestres com função de frenagem e monitoramento individual da pressão dos pneus, além de teto solar de série. Nas demais, o item é opcional.
Rodando, embora não desperte grandes emoções, o Fusion é um carro quase à prova de crÃticas. Os 14 cv a mais da versão avaliada, Titanium AWD, não fizeram grande diferença, pois o sedã já era bem ágil tantos para arrancar quanto para retomar velocidade.
O motor, que traz alto torque em baixa rotação, faz bom casamento com o câmbio automático de seis marchas. Mesmo sendo grande e pesado, o Fusion é bem à mão.
Com suspensão bem acertada, direção direta, tração 4×4 e vários controles eletrônicos, o Ford passa segurança ao motorista em qualquer situação.
Concorrentes. Como é trazido do México, e, portanto, isento de imposto de importação, o Fusion tem uma grande vantagem competitiva no Brasil. Seu preço é menor que os dos rivais de porte semelhante, que vêm dos EUA, Europa e Ãsia. Assim, o sedã médio grande disputa compradores também com modelos menores e com menos tecnologia.
O Ford tem 4,87 metros de comprimento e 2,85 metros de distância entre os eixos. Em termos de dimensões, há diversos rivais, como o Accord.
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O Honda importado do Japão sai por R$ 162.500 e tem, respectivamente, 4,91 metros e 2,77 metros. Já o sul-coreano Hyundai Azera, com 4,92 metros de comprimento e 2,84 metros entre os eixos, tem tabela de R$ 180.840.
A Ford também aponta como rivais – da versão de topo – modelos médios de marcas de luxo, que são menores, mas têm preços semelhantes. Desse grupo, o BMW Série 3, a partir de R$ 163.950, e Mercedes-Benz Classe C, com tabela começando em R$ 162.900, foram nacionalizados, mas mantiveram o preço de quando eram importadas – segundo as marcas, a maioria das peças vem de fora.
A versão flexÃvel, por sua vez, concorre com opções de topo de sedãs médios nacionais e argentinos. Entre eles está o Toyota Corolla Altis, a R$ 106.080.
Vendas. De janeiro a agosto deste ano, o Fusion teve 2.391 emplacamentos, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de VeÃculos Automotores (Fenabrave). Esse número é bem superior ao do Azera (204) e do Accord (110), e semelhante ao obtido pelos médios de luxo. No mesmo perÃodo, as vendas do Série 3 somaram 2.622 unidades e as do Classe C, 2.504.
Ficha Técnica:
Preço sugerido – R$ 154.500 (Titanium AWD)
Motor – 2.0, 4 cil, 16V, turbo, gasolina
Potência (cv) – 248 a 5.500 rpm
Torque (mkgf) – 37,7 a 6.000 rpm
Câmbio – Automático, 6 marchas
Comprimento – 4,87 metros