NÍCOLAS BORGES
Foz do Iguaçu (PR) – Com tabela a partir de R$ 50.900, o Renault Duster chega para brigar forte com o Ford EcoSport. E o maior destaque do primeiro utilitário-esportivo da marca francesa no Brasil, que já está nas lojas, é o conforto.
O novato exibe ainda cabine mais espaçosa que a do rival, cuja tabela parte de R$ 54.790, e suspensão com acerto voltado à maciez.
Outras qualidades do “jipinho” feito em São José dos Pinhais (PR) sobre a plataforma de Logan e Sandero é o bom desempenho dos dois motores bicombustíveis de 16 válvulas: 1,6 litro, de até 115 cv, e 2.0 de até 142 cv.
No caso da configuração avaliada pelo JC com mais atenção, a Dynamique 2.0 com câmbio automático (R$ 64.600), a empolgação só não é maior porque a transmissão de quatro marchas limita o rendimento. Há opção de câmbio manual de seis marchas. No 1.6, a caixa única é de cinco velocidades.
O propulsor maior é uma evolução do que era usado na linha Mégane. Uma das mudanças foi o aumento da taxa de compressão de 9,8:1 para 11:1, para adequá-lo ao uso com etanol. Antes o motor era apenas a gasolina.
O molejo suave da suspensão tem uma contrapartida: o comportamento em estrada não é dos mais firmes. A direção exige correções constantes em linha reta e o Duster sente muito a ação de ventos laterais. Contribuem para isso a altura livre do solo, de 21 cm, e os pneus 215/65 R16, de uso misto (70% para asfalto e 30% para terra).
Além da amplitude para os ocupantes, o Renault tem bons 475 litros de capacidade no porta-malas – ponto fraco no Ford (292 l). A opção 4×4 leva 400 l, pois o estepe fica dentro compartimento de bagagem, e não por baixo dele.
A cabine do Duster copia a do Ford no acabamento simplório. O plástico duro impera. Nas versões de topo, Dynamique, há enxertos “black piano” (preto brilhante) no painel e maçanetas, para minimizar a aridez visual.
Viagem feita a convite da Renault