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Andamos nos novos Kia Sorento e Carnival
Avaliação

Andamos nos novos Kia Sorento e Carnival

Utilitário e minivan tiveram suas novas gerações lançadas no Brasil com motor V6 de 270 cv

04 de out, 2015 · 7 minutos de leitura.

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 Andamos nos novos Kia Sorento e Carnival

A cena é comum: a pessoa chega com as mãos ocupadas e tem de colocar alguma sacola no chão para abrir a tampa do porta-malas. Pode estar chovendo e, talvez, seja necessário optar entre segurar o guarda-chuva ou as compras. Pois no novo Sorento isso não é problema. Basta chegar perto da traseira que o carro reconhece a presença do dono (por causa da chave) e a porta sobe sozinha.

Essa é uma das melhores novidades da terceira geração do modelo da Kia, que chega ao Brasil por R$ 183.900 em versão única. Além do visual mais moderno, ele cresceu 9,5 centímetros no comprimento (para 4,78 metros) e 8 cm na distância entre-eixos (de 2,78 metros).

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Graças às dimensões ampliadas, a Kia optou por trazer o utilitário da Coreia do Sul apenas na configuração de sete lugares. E, a partir de agora, o modelo só será oferecido com motor 3.3 V6 a gasolina de 270 cv (antes havia opção do 2.4 de quatro cilindros). O câmbio é automático e tem seis marchas.

Embora tenha visual robusto, o novo Sorento chega apenas com tração na dianteira. Por isso (e ao contrário do que seu estilo possa sugerir), o carro não deve ser visto como um jipão apto a enfrentar qualquer aventura na terra – pelo menos não onde haja muita lama.

Essa talvez seja a maior diferença em relação ao Santa Fe. Os dois compartilham a base, mas o Hyundai tem tração integral (as duas marcas pertencem ao mesmo grupo). Em tamanho, o Sorento fica entre o Santa Fe de cinco lugares (4,69 m) e o Grand Santa Fe (4,91 m).


Na estrada, o Kia tem bom desempenho e rodar silencioso. As respostas agradam e há três modos de condução (econômico, esportivo e normal), que ajustam as respostas de câmbio, motor e direção (elétrica) ao gosto do motorista. Outra novidade é o detector de ponto cego, que alerta sobre presença de veículos nas faixas laterais.

O acabamento e o nível de conforto satisfazem. Os bancos de couro sintético têm ajustes elétricos com memória e aquecimento. Na segunda fileira, o encosto é reclinável.
No novo Kia, o assoalho perdeu o túnel central, o que ampliou a área atrás. A terceira fila é para crianças, porque o acesso e o espaço são restritos.

Parte do silêncio e suavidade de rodagem pode ser creditada à nova carroceria, que, segundo o diretor de vendas da marca, Ary Jorge Ribeiro, tem 53% de aços de alta resistência (ante 24% da anterior). Isso resulta em melhor rigidez torcional, menor ruído e menos vibração.


Também houve melhoria na aerodinâmica. Os engenheiros fizeram um intenso trabalho na parte inferior, que é praticamente fechada, para facilitar a passagem do ar. Apenas o cano de escapamento fica aparente.

De acordo com Ribeiro, além de concorrer com o próprio Santa Fe, o Sorento chega para disputar mercado com Ford Edge, Volvo XC60 e Land Rover Discovery Sport. O executivo estima vendas entre 100 e 120 unidades mensais do modelo.

Minivan. Assim como o Sorento, a Grand Carnival está chegando ao mercado brasileiro em sua terceira geração. Por R$ 244.900, a van tem como concorrente apenas a Chrysler Town & Country, tabelada a R$ 249.900.


Em relação à rival norte-americana, a Grand Carnival pode levar até oito pessoas, uma a mais que a oponente. O modelo da Kia traz portas laterais corrediças, o que facilita a entrada e saída em locais apertados.

Como o Sorento, a Grand Carnival tem abertura automática da tampa traseira. Outro benefício é o sensor na parte de trás, que tem a função de avisar sobre a presença de algum veículo ou pessoa durante manobra em marcha à ré em vaga transversal.

A Carnival traz o mesmo conjunto mecânico do jipão: motor 3.3 V6 de 270 cv e câmbio automático de seis marchas. Há faróis de xenônio, teto solar panorâmico duplo e suporte Isofix para cadeira infantil tanto na segunda quanto na terceira fila de bancos.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.