As medidas macroprudenciais adotadas pelo governo foram sentidas pelo mercado automotivo já no final do primeiro trimestre deste ano, apesar do recorde de produção e vendas no período, avaliou nesta quinta-feira o presidente da
Anfavea, associação das montadoras, Cledorvino Belini.
Segundo ele, as ações para conter o crédito anunciadas em dezembro pelo Banco Central soaram o “alerta” no final de março, o que favoreceu a perda de fôlego do setor automotivo perto do encerramento do mês.
“O setor não está crescendo com o vigor que tinha no ano passado”, disse Belini. Em 3 de dezembro, o BC elevou o compulsório sobre depósitos à vista e a prazo, reduzindo os recursos que os bancos tinham para emprestar, e tornou mais caro para as instituições oferecer crédito de longo prazo às pessoas físicas.
Números
Foram produzidos em março 319.363 unidades pelas montadoras no país, o que representa um recuo de 6% em relação a igual mês de 2010. No acumulado do primeiro trimestre, a produção somou 902.148 veículos, 7,9% a mais que no mesmo período do ano passado.
Enquanto isso, as vendas de veículos novos em março – automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus – subiram para 306.135 unidades. No primeiro trimestre, as vendas saltaram 4,7%, a 825.161 unidades, número recorde.