A montadora sueca Saab teve sua falência decretada ontem por um tribunal, pondo fim a uma batalha de nove meses pela sobrevivência por seu dono holandês. A Saab, que fabricou carros durante 64 anos, tinha problemas de caixa desde março, depois que as vendas em 2010 ficaram abaixo das metas em meio ao colapso de sua venda pela General Motors. A empresa não produziu nenhum veículo desde abril e várias tentativas de salvamento fracassaram.
A proprietária da Saab, a Swedish Automobile, disse que a antiga dona e detentora das licenças da empresa, a General Motors, bloqueou um plano de salvamento de última hora pela investidora chinesa Youngman. A Swedish também criticou o administrador nomeado pelo tribunal que vinha supervisionando seu processo de proteção do credor e que teria se intrometido nos negócios.
A Saab propôs um novo salvamento, envolvendo a Zhejiang Youngman Lotus Automobile, mas o plano foi rejeitado pela GM no fim de semana. “Esse foi, basicamente, o último prego no caixão desta bela companhia”, disse o presidente executivo da Swedish Automobile, Victor Muller, a jornalistas, horas depois de entregar o pedido de falência em um tribunal sueco.
O tribunal posteriormente aprovou o pedido e nomeou dois síndicos para gerir a companhia. Muller disse que era do interesse dos investidores assumir o controle da Saab, mas isso ainda dependia da aprovação da GM.
A GM, ex-proprietária da Saab, ainda licencia ele tecnologias das quais depende a produção dos carros, e tem uma pequena participação acionária na empresa. Alguns analistas disseram que a GM provavelmente havia agido para proteger sua cooperação chinesa com a estatal SAIC Motor Corp. Ltd. (Shanghai Automobile).