LUÍS FELIPE FIGUEIREDO
O governo argentino determinou que todos os carros novos vendidos no país a partir de 2013 trarão de série o sistema Isofix de ancoragem de assentos infantis. O dispositivo, que prende diretamente a cadeirinha ao automóvel, é mais seguro que os que utilizam os cintos de segurança.
A decisão pode afetar o Brasil, já que modelos como Peugeot 407, Honda City e Ford Focus, por exemplo, são feitos na Argentina e importados para cá. Outros, como o Volkswagen Gol, são produzidos aqui e exportados.
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Conforme explica o diretor de segurança veicular da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Marcus Vinicius Aguiar, o sistema Isofix é mais seguro e fácil de usar que o convencional. “Como na maioria deles a cadeira é presa diretamente ao monobloco, ela não oscila.”
O especialista argumenta, no entanto, que não será fácil adotar essa medida aqui. “Isso vai demorar. As próprias cadeirinhas com esse tipo de fixação não são fáceis de encontrar e são bem mais caras.”
De acordo com Aguiar, mesmo na Europa, onde o Isofix é usado há mais tempo, não há unanimidade sobre o sistema. Ele afirma que há estudos para elaboração de regras da ABNT a respeito do Isofix no País - isso deve ocorrer até o ano que vem.
A adoção do recurso deverá causar aumento nos preços dos veículos. “São feitos vários testes para estabelecer os pontos de ancoragem”, explica Aguiar. “Os bancos também são outros.”
Assim como ocorrerá no Brasil, a partir de 2014 todos os veículos zero-km vendidos na Argentina deverão ser equipados de série com freios ABS e air bag dianteiro duplo.
