Em seu segundo mês de vendas, o Argo apresenta melhora ante o primeiro. Entre os dias 1 e 27 de julho, foram vendidas 2.888 unidades do novo carro da Fiat. O número aumentará, já que restam dois dias de emplacamentos no mês (28 e 31).
Em junho, haviam sido vendidos apenas 1.643 unidades do Argo. O início da campanha de publicidade do carro ajudou a impulsionar seu desempenho no mercado.
Além disso, nem todas as versões haviam chegado às concessionárias no dia 1º de junho. A linha completa só passou a estar disponível a partir do dia 15 daquele mês.
MÁ NOTÍCIA
Apesar de ser um dos únicos carros a registrar crescimento em um mês ruim para o mercado de carros, o Argo ainda está muito longe de seu ideal. O hatch foi lançado para concorrer com Onix e HB20, mas, por ora, não está conseguindo fazer frente aos concorrentes.
Para comparação, o líder de mercado, Chevrolet Onix, teve 12.912 emplacamentos de 1º a 27 de julho. Isso significa que as vendas do Argo representaram aproximadamente um sexto das do campeão.
O HB20 também está muito à frente. O carro da Hyundai, no mesmo período, teve 8.345 unidades vendidas.
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Para comprar: estilo
O Argo agrada pelo visual, e não importa o ângulo em que ele esteja sendo observado. Às vezes lembra o Tipo (principalmente quando visto de frente); às vezes se assemelha ao Gol (por causa da coluna traseira). Mas o fato é que o hatch, cujo estilo foi desenvolvido no Brasil, é bem atraente.
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Para comprar: equipamentos
O sistema start&stop é item de série até na versão Drive 1.0 (a foto é da versão HGT). Além disso, o modelo básico vem com Isofix (para fixação de cadeira infantil), direção elétrica, ar-condicionado, banco do motorista com ajuste de altura, cintos de segurança retráteis de três pontos para todos os ocupantes, travas e vidros dianteiros elétricos.
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Para comprar: acabamento
O revestimento de painel e laterais é feito de material rígido, mas a textura é agradável ao toque e aos olhos. Dependendo da versão, a faixa que atravessa o painel é acetinada no tom vermelho (HGT) ou cinza (Drive e Precision).
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Para comprar: dirigibilidade
Graças ao bom acerto de suspensão, o Argo apresenta pouca inclinação da carroceria em curvas. A direção elétrica também mostrou precisão, e o motor 1.8 responde muito bem.
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Para comprar: desempenho
A Fiat ainda não lançou o Argo 1.0, mas os carros que dirigimos (1.8 e 1.3) não desapontam. O 1.8 de 139 cv é o mesmo da picape Toro e do Jeep Renegade. Num hatch de 4 metros e relativamente leve, ele dá conta do recado com facilidade. O 1.3 (109 cv) também dá boa agilidade ao carro, principalmente no uso urbano.
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Para não comprar: preço do 1.0
O Argo mais barato, versão Drive 1.0 com câmbio manual, sai por R$ 46.800. Completo, salta para R$ 51.190. Nesse caso, ele vem com central multimídia de 7" sensível ao toque, volante com comandos de som e telefone, câmera de ré com sensores de obstáculos e vidros elétricos também atrás, entre outros itens.
7/10
Para não comprar: falta de cuidado nos detalhes
Ao se abrir o porta-luvas, a tampa despenca de uma vez, sem aquele efeito de "câmera lenta" tão comum hoje em dia.
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Para não comprar: muitos 'botões sem função'
No canto esquerdo do painel, em volta do botão dos faróis auxiliares, parece que há diversas teclas sem função. Mas é apenas um recurso de estilo que não teve muito bom resultado, já que nada ali é de apertar. Fica a impressão de que são chaves de "reserva" para equipamentos que o Argo não tem.
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Para não comprar: ajuste da coluna de direção
A coluna de direção é regulável somente em altura, e não em profundidade. Além disso, o ajuste de altura do banco do motorista é feito por uma alavanca muito fina. E há uma curiosidade: no modelo com air bag lateral, a alavanca fica do lado direito. Sem a bolsa, o comando está do lado esquerdo.
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Para não comprar: apoio de mão sem mola
Os apoios de mão não têm mola para amortecer o retorno, o que suavizaria o movimento quando se solta a alça. Sem elas, a peça volta de uma vez, dando um baque seco no teto.
O Argo não se aproximou nem mesmo da meta de vendas estipulada pela Fiat para os primeiros meses. A expectativa da marca era comercializar 6 mil carros por mês.
No acumulado do mês, ele ocupa apenas a 18º colocação em vendas, e a expectativa é que termine o mês nesta posição, ou em uma semelhante. Isso porque, desde a primeira quinzena, ele vem aparecendo na mesma classificação do ranking.
De 1º a 27 de junho, o Argo foi apenas o quarto carro mais vendido da marca Fiat. Ele ficou atrás da Toro, do Mobi e do Uno.