Argo x Polo continua sendo a disputa do momento. E este tira-teima, entre as versões 1.0, era o que faltava na disputa entre os dois carros. No comparativo de opções de topo, o Polo levou a melhor. Entre as intermediárias, o Argo deu o troco. Agora, as configurações de entrada se enfrentam com nova vitória do Polo.
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O Volkswagen Polo, apesar de ser R$ 2.200 mais caro (R$ 49.990), se deu bem por ter melhor dirigibilidade e vir mais equipado. O Fiat Argo (R$ 47.790) tem suas qualidades e vendeu caro a derrota. Em termos de manutenção e seguro, por exemplo, deu empate técnico.
Ambos têm direção elétrica, ar-condicionado e ajuste de altura do banco do motorista. Só o Polo sai de fábrica com quatro air bags, rádio com entrada USB, vidro elétrico nas quatro portas e alarme.
O Argo só traz dois air bags. O rádio e os vidros elétricos traseiros são opcionais, enquanto o alarme é um acessório. A seu favor, há o ajuste de altura do volante e o start-stop.
O 1.0 do Polo rende até 84 cv e 10,4 mkgf e tem 12 válvulas. Já o do Argo, com tem até 77 cv e 10,9 cv, conta com seis.
Na prática, o Argo arranca e retoma velocidade melhor. Por isso, na cidade, é mais ágil. Contudo, o Polo é mais suave e gera menos ruído e vibração, além de ser melhor em velocidade de cruzeiro na estrada.
O câmbio, manual de cinco marchas em ambos, é melhor no Polo, que traz engates mais justos e precisos. O do Argo é bem superior ao da maioria dos Fiat, mas, ante o do Volks, ainda tem engates longos.
O ajuste de suspensão do Fiat é bom. O Argo lida bem com buracos e imperfeições da via, mas a carroceria rola bem mais que a do Polo nas curvas. O Volkswagen é mais firme e estável, mas, se o piso for muito ruim, a tendência é transferir para os ocupantes.
A direção é mais direta no Polo, com respostas mais rápidas. As do Argo, porém, não chegam a ser anestesiadas.
ARGO X POLO: VIDA A BORDO
No visual, o Polo sofre do mesmo mal de toda a linha VW, que é a falta de um estilo empolgante e individual. Não à toa, dizem que ele parece o Gol, ainda que o segundo olhar mais atento mostre as diferenças. Já o Argo tem identidade e beleza, com linhas próprias, apesar de ser “irmão” em aparência do sedã Cronos.
Por dentro, a lógica segue a mesma para Polo e Argo. O hatch da Volkswagen busca o básico, não ousa nas linhas e o acabamento é, de longe, o ponto mais fraco do carro.
As peças plásticas dão uma aparência de pobreza ao interior do veículo e ficam aquém do que se espera. O lado bom é que há boa quantidade de porta-objetos e tudo está à mão. Entre os destaques, o carro tem suporte de celular no painel.
No Argo, mesmo a versão de entrada traz detalhes cromados no painel e volante, que fazem uma diferença no visual. Os plásticos também são duros, mas há uma textura mais agradável ao toque.
Os porta-objetos são amplos e estão bem colocados.
O painel de instrumentos do Polo aposta em ponteiros para a temperatura e combustível e traz os números ímpares, facilitando a visualização.
O espaço para quem vai atrás é bom em ambos, mas um pouco melhor no Polo – graças ao modo que o assento é inclinado. Há mais espaço para os joelhos e pessoas de até 1,80 metro vão com conforto atrás. O espaço para o quinto ocupante é mais satisfatório no VW.