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Arrizo 5 elétrico terá preço em torno de R$ 150 mil
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Arrizo 5 elétrico terá preço em torno de R$ 150 mil

Caoa Chery inicia investida elétrica no País com sedã Arrizo 5e; Tiggo 2 é possibilidade

Tião Oliveira

26 de jul, 2019 · 7 minutos de leitura.

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arrizo
Arrizo elétrico tem visual parecido com demais versões
Crédito:Foto: Tião Oliveira/Estadão
arrizo

Primeiro carro elétrico da

Caoa Chery no Brasil, o Arrizo 5e terá preço em torno de R$ 150 mil. O sedã compacto chegará às concessionárias em outubro. Inicialmente, o modelo virá da China. A empresa criada após a compra das operações da Chery pelo Grrupo Caoa, estuda produzi-lo em Jacareí (SP), onde a versão com motor flexível é feita desde o ano passado.

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Aliás, no visual o Arrizo 5e é igual à versão com motor a combustão. Por fora, a única diferença entre elas é a letra “e” ao lado do nome do carro na tampa do porta-malas.

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A principal diferença está sob o capô. Em vez do 1.5 de quatro cilindros com turbo, há um motor elétrico. A potência é equivalente a 123 cv e o torque, a 28,1 mkgf (ante 19,4 mkgf do propulsor flexível). Toda essa força é enviada às rodas da frente instantaneamente.

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O sedã pode acelerar de 0 a 100 km/h em 9,7 segundos. A velocidade máxima é de 152 km/h. Essas informações foram divulgadas pela

Caoa Chery durante o Salão do Automóvel de 2018.


A empresa também trouxe o

Tiggo 2 e o subcompacto eQ1. O objetivo foi testar a receptividade do público brasileiro aos três modelos elétricos.

Na cabine, no lugar onde ficaria a haste de câmbio há um botão giratório por meio do qual o motorista aciona os modos D (dirigir), P (estacionado) e N (neutro). Abaixo dele fica o botão que libera os freios. A partida é acionada em uma tecla à direita do volante.


Das sutilezas, o aviso luminoso “ready” (pronto para uso) fica na parte superior do quadro de instrumentos. O nível da carga das baterias pode ser conferido no mostrador à direita do velocímetro. A central multimídia também tem mais recursos que a do sedã a combustão

Recuperação de energia pode ser ajustada

Um dos destaques do Arrizo 5e é a possibilidade de escolher quanto de energia será recuperado nas frenagens. Essa eletricidade é enviada às baterias instaladas sob o assoalho.

Com toques na tela localizada no console central, o motorista pode optar entre cinco níveis de ajuste. No 1 (a menor interferência), o carro fica mais “solto”. Com o nível 5 acionado, a redução de velocidade quando se tira o pé do acelerador é instantânea. Isso porque o sistema passa a funcionar como um dínamo.


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Na prática, o Arrizo 5, como qualquer híbrido ou elétrico, é mais eficiente no anda e para das cidades. Em velocidade de cruzeiro, como em estradas e vias rápidas, o motor elétrico é mais demandado. Por isso, exceto em descidas longas, como em serras, por exemplo, a recuperação de energia gerada nas frenagens é bem menor.


Dois carregadores

O recarregamento completo do pacote baterias de íons de lítio é feito em cerca de 4 horas. Isso em tomadas convencionais de 220 volts. Há também um carregador rápido, que permite repor cerca de 80% da carga em 40 minutos. O Arrizo 5e será vendido com as duas opções.

O plug para conectar o recarregador fica no mesmo local do bocal do tanque de combustível da versão flexível. Com as baterias completas, a autonomia chega a 400 km, de acordo com informações da

Caoa Chery.

Tiggo 2e elétrico é boa possibilidade

Segundo fontes ligadas à

Caoa Chery, a escolha do Arrizo para ser o primeiro elétrico da marca foi bem estudada. Isso porque um dos maiores entraves à oferta de veículos elétricos no Brasil é a infraestrutura de recarregamento. O tamanho da rede é considerado aquém do necessário.


Com o sedã, a marca espera seduzir compradores corporativos. O Arrizo 5e tem porta-malas com 430 litros de capacidade. A distância entre os eixos é de 2,65 metros. Por isso, o modelo é considerado ideal para transporte de pessoas em grandes centros urbanos.

Na prática, o Arrizo 5e funcionará como uma espécie de balão de ensaio. Se fizer sucesso, pode abrir caminho para o

Tiggo 2e. Quem sabe até do eQ1 em um futuro não tão distante.

As diferenças entre as versões a combustão e elétricas do sedã e do SUV são relativamente pequenas. Em tese, fazer ambos na fábrica de Jacareí (SP) não exigiria investimentos astronômicos. A empresa ainda estuda a viabilidade da produção em uma linha paralela.


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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.