Os primeiros fatores levados em conta na hora de comprar um carro são o preço e o seguro. O valor da manutenção também é muito importante, e há peças que, desgastadas ou quebradas, podem pesar bastante no orçamento.
Aqui, listamos quais costumam ser as peças de reposição mais caras dos veículos. Para chegar à lista, tomamos como base o carro mais vendido do País, o Chevrolet Onix.
De acordo com Pedro Luiz Scopino, proprietário da Auto Mecânica Scopino e nosso consultor nessa pesquisa, as peças mais caras são itens pouco pensados na hora de comprar um veículo.
Componentes como o motor completo ou a transmissão, que certamente constariam na lista, mas que geralmente não reparados com a troca de peças, não foram levados em conta. Ainda assim, itens ligados a eles estão entre os mais caros. Os preços não consideram o valor da mão de obra.
Item ligado à transmissão, a embreagem sai por cerca de R$ 800. Os coxins de sustenção do motor e do câmbio, que são três unidades custam aproximadamente R$ 500 cada. De acordo com Scopino, a recomendação é sempre realizar a troca de todos juntos para manter a fixação equilibrada e com desgaste por igual.
Na troca de amortecedores, que leva em conta o kit completo, com quatro, o valor é de cerca de R$ 2.500. Além dos amortecedores, o kit traz as coifas, batente e coxins. Scopino lembra que, no geral, peças relacionadas ao sistema de suspensão são caras.
Outro item bem “salgado”, mas que raramente vai apresentar problema ou necessidade de troca, é a central eletrônica, também conhecida como ECU. A peça nova custa cerca de R$ 2.000, e é a responsável por comandar todas as ações e realizar os cálculos para que seja tomadas ações, como o acionamento do sistema ABS.
Os bicos injetores são caros, mas raramente dão problemas. Porém, quando as falhas ocorrem, o cliente terá de pagar cerca de R$ 600 por cada bico. Nesse caso, para não haver diferença na quantidade de combustível enviada para os cilindros, a indicação é a troca dos quatro (ou seja, R$ 2.400).
BÔNUS: Carros que você jurava que eram importados, mas não são
PAGANI HUAYRA
Todos os carros da Pagani usam um motor V12 que eles compram da Mercedes-AMG
ALFA ROMEO GIULIA QUADRIFOGLIO
A versão esportiva do novo sedã medio da Alfa Romeo tem um coração mais que nobre. Seu motor V6 biturbo foi desenvolvido pela Ferrari e deverá ser utilizado no próximo esportivo de entrada da fabricante de esportivos, possivelmente batizado de Dino
CATERHAM SEVEN 620
A marca inglesa constrói seus veículos usando motores Ford. Para os menores, usa o 1.6 Sigma, o mesmo do Fiesta. No caso das versões mais potentes, como o 620R da foto, é o 2.0 Duratec do Focus, sempre com preparação
MERCEDES-BENZ CLASSE X
A primeira picape media da Mercedes-Benz usa um V6 diesel próprio, porém as versões mais baratas vão utilizar um quatro cilindros 2.0 biturbo, o mesmo da Nissan Frontier. Além disso, ela cede também boa parte da estrutura para a picape da Mercedes. Ela chega ao Brasil no final do ano, no Salão do Automóvel
Aston Martin Vantage
A marca inglesa de esportivos fez uma parceria com a Mercedes-Benz, da qual um dos maiores frutos foi o uso dos mais recentes motores V8 4.0 pela britânica. O recém-lançado Vantage já se aproveita dessa parceria
Vuhl 05
Assim como o Caterham, o Vuhl pode ser utilizado na rua dependendo da legislação dos países. Com baixo peso, o Vuhl também utiliza o Ford Duratec 2.0 com aplicação de turbo
Spyker
A marca holandesa de esportivos, Spyker, utilizava em seus carros um V8 que ela comprava da Audi e aplicava um supercharged (compressor mecânico) sobre ele para dar seu toque especial. A marca promete voltar às ruas em breve
Lotus Evora GT430
A também inglesa Lotus foi procurar uma fonte bem diferente para seus produtos que não os propulsores da Ford. Sempre ligada a baixo peso e nem tanta potência para garantir seu desempenho, a marca usa motores Toyota, o quatro cilindros no Elise, e o V6 3.5 de carros como o Camry no Evora
KTM X-Bow
Outro carro "diferentão" é o X-Bow (se lê Cross Bow) da KTM. Esse produto invocado da marca austríaca de motos, usa um motor 2.0 turbo da Audi, o antigo da geração anterior do A3 e afins
SMART FORTWO
O pequenino do grupo Daimler (controlador da Mercedes-Benz), a segunda geração do Smart ForTwo, apesar de todo o know-how alemão, usa mesmo é um motor francês. Assim como sua base, o motor três cilindros é da Renault, o mesmo utilizado no Twingo. Os dois compactos tem tração e motor traseiro nessa geração