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As surpresas do Salão de São Paulo
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As surpresas do Salão de São Paulo

Montadoras reservaram surpresas para o Salão, tanto por trazer carros inéditos quanto por deixarem de mostrar lançamentos aguardados

Redação

17 de nov, 2018 · 4 minutos de leitura.

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Volkswagen Tarok foi uma das surpresas da marca para o Salão
Crédito:Foto: José Patrício/Estadão
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Apenas alguns dias antes da abertura do Salão de São Paulo vazaram na internet algumas fotos do futuro Chevrolet Prisma, mostrado na China. A nova geração do modelo será maior e mais estilosa, e será produzida no País. Por isso, havia a esperança de que o carro chinês fosse a grande surpresa da Chevrolet para o Salão. O carro, no entanto, acabou não aparecendo.

Algo parecido ocorreu na Mercedes-Benz, com a ausência da Classe X. A primeira picape da marca está em fase de homologação no País, tanto que o Jornal do Carro até já andou no modelo. No entanto, atrasos nos processos jogaram o lançamento do carro para 2019. A Mercedes chegou a afirmar que algumas versões da picape chegariam ao mercado em 2018. Mas mesmo com os atrasos, a ausência da Classe X surpreendeu.

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Presenças ilustres

Mas nem só faltas causaram surpresa no Salão. A própria Mercedes-Benz trouxe o AMG One, seu supercarro híbrido com mais de 1.000 cv. O modelo chama atenção no estande da marca com as linhas futuristas e preço milionário. Outra boa surpresa da marca alemã foi a apresentação dos Classe A hatch e sedã no evento. Os modelos deverão ser os carros mais baratos da marca.

Já a Volkswagen levou o picape conceito Tarok ao evento. Muito próximo do modelo final, ela tem porte e proposta para concorrer diretamente com a Fiat Toro. Baseada na plataforma MQB, a Tarok deverá chegar às ruas em 2020.


A Renault trouxe discretamente a Alaskan para o Salão. Embora tenha alardeado que venderia a picape no Brasil, a marca surpreendeu ao ainda não confirmar o lançamento do modelo por aqui. A francesa, no entanto, também revelou que começará a vender o elétrico Zoe no País, o que não era esperado.

Na Fiat uma surpresa foi a presença do 500x no estande da marca. Inicialmente, o modelo estaria no Salão apenas para medir aceitação do público, mas a marca já confirmou que irá importar o SUV já em 2019. É um sopro de novidade para a marca, que renovou seu portfólio recentemente e acabou ficando com poucas novidades para o Salão. A outra revelação da Fiat foi o conceito Fastback, que já havia sido antecipado pela marca antes da abertura do evento.

Outra boa surpresa foi a apresentação da nova geração do BMW Série 3. O modelo acabou de ser lançado na Europa e sequer começou a ser vendido por lá. Outro modelo inesperado foi o cupê de luxo Série 8, que também marca presença no Salão.


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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.