O sistema de partida a frio dos carros flexíveis exige maiores cuidados no inverno. Por causa da dificuldade de volatilizar o etanol em baixas temperaturas, ligar o motor demanda auxílio da gasolina armazenada no tanquinho de partida a frio.
Esse pequeno reservatório é acionado por um sensor que identifica a necessidade de usar gasolina em lugar do etanol na partida. A temperatura exata depende da montadora, mas varia entre 14° e 18° graus, segundo o diretor da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) Alfredo Castelli.
Durante as estações mais quentes, no entanto, o motor não utiliza o tanquinho na hora da partida.
Castelli alerta que quando não é usado, o tanque se deteriora.“É importante fazer uma revisão no sistema de alimentação quando chega o inverno”, afirma.
O analista do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi) Felício Felix diz que o motor pode sofrer danos se o motorista tentar ligá-lo sem gasolina no tanquinho “O etanol é despejado nas câmaras de combustão e pode passar entre o pistão e o cilindro pelo anel de vedação, o que gera contaminação do óleo e compromete o desempenho do motor”, afirma.
Preços
O valor da revisão varia nas oficinas. Em um VW Gol G4 2011, a Auto Mecânica Bip Bip (2955-0093), na zona norte da cidade, cobra R$ 140 pelo serviço. Segundo o técnico Felipe Moreira, é passado um scanner pelo sistema para identificar se há defeito na injeção eletrônica.
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O mesmo serviço pode ser feito na zona sul, na Mecânica Campo Belo (5531-9559), por R$ 165. Na zona oeste, a oficina A. Mayer (3731 – 6372) cobra R$ 300 e na zona leste, a oficina Berecar (2605-4943), R$ 240.
Outros cuidados também são necessários com o sistema de partida a frio. De acordo com Felício Felix, é preciso atenção com as mangueiras, além de manter o tanque cheio no inverno.
