Um segue a tradição de décadas, mas com adaptações que o deixaram adequado ao mundo atual, o qual encara de forma irreverente. O outro tem aparência convencional, mas vem com um motor de arrepiar. Na briga entre o britânico Mini Cooper S de quatro portas e o Audi A1 Sportback, que recebeu novo motor e ficou 8 cv mais potente, o compacto da marca alemã acabou levando a melhor por ter mais fôlego para acelerar, entre outros fatores.
O A1 dispõe de 192 cv graças ao motor 1.8 turbo, que substituiu o 1.4 que combinava turbo e compressor mecânico. Essa é a mesma potência do 2.0 – também turbinado – do Cooper S, cuja carroceria de quatro portas acaba de ser lançada no Brasil.
O Mini até conta com torque maior – são 28,5 mkgf, ante os 25,5 mkgf do Audi. Porém, no A1 essa força é entregue em faixa de rotação mais ampla: de 1.250 rpm até 5.400 rpm, enquanto a do rival está disponível de 1.250 rpm a 4.700 rpm.
Além disso, o câmbio automatizado do Audi, de sete marchas e duas embreagens, faz trocas mais rápidas que o automático de seis velocidades do Mini Cooper. O inglês também é mais pesado que o rival.
Na prática, é nítida a vantagem do A1 em acelerações e retomadas de velocidade, principalmente quando o motorista crava o pé no pedal do acelerador. Ainda assim, de acordo com dados divulgados pelas respectivas fabricantes, os dois modelos vão de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos.
O Audi também se sai melhor no quesito conforto. Sua suspensão até tem um ajuste um tanto duro – principalmente no modo de condução esportivo, também disponível no rival. Mas a do Mini consegue ser ainda mais firme.A rigidez é tanta que chega a incomodar os ocupantes, especialmente quando se roda em pisos irregulares. Nesse caso, dá para sentir os baques secos e desconfortáveis na cabine.
Em contrapartida, o Mini tem apelo bem mais esportivo que o Audi. O pequeno britânico é mais empolgante de dirigir, e vai melhor que o concorrente em curvas e em mudanças de trajetórias. Em ambos o sistema de direção tem assistência elétrica e ótimas respostas aos comandos do motorista. Outro item em comum é o programa eletrônico de estabilidade.
Custos.O A1 também é mais barato: parte de R$ 124.990, ante os R$ 130.990 da tabela inicial do Mini. Nas versões completas a diferença cai.
Com todos os opcionais, o Audi feito na Bélgica pode custar até R$ 149.490. Já o Mini, na opção Top, chega a R$ 147.990.Nas cotações de seguro (veja abaixo), o resultado é equilibrado. Pesam contra o A1 as peças de reposição mais caras.