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Audi suspende entrega de A6 e A7 diesel por software fraudulento
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Audi suspende entrega de A6 e A7 diesel por software fraudulento

Motor a diesel do A6 e do A7 teriam um novo programa para manipular as emissões de poluentes

Redação

09 de mai, 2018 · 3 minutos de leitura.

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diesel
Audi A7 Sportback
Crédito:

A Audi parece sofrer um novo revés no uso do diesel. A entrega dos sedãs A6 e A7 com motor a óleo foi interrompida porque os carros teriam um programa para enganar as emissões de uma nova maneira.

33 mil carros, só na Alemanha, teriam o software que, supostamente, era desconhecido da companhia. O número total de veículos pode chegar a 60 mil unidades. A suspensão teria ocorrido a pedido do Ministério do Transporte Alemão. Todas os exemplares são equipados com o motor V6 turbodiesel.

O problema

A função do software seria reduzir, deliberadamente, o uso do AdBlue (ureia) no final do ciclo do produto. Assim, aumenta a autonomia do tanque do produto, reduzindo a necessidade de reabastecimento. O lado negativo é que assim permitia que os motores liberem mais óxido de nitrogênio (Nox) na atmosfera, que é o principal poluente dos propulsores a diesel.

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No Brasil, a ureia é usada em caminhões e recebe o nome comercial de Arla 32. A função desse produto é diminuir as emissões de Nox, neutralizando-o antes de ser eliminado pelo escapamento dos veículos.

Fantasma do dieselgate

Cada problema com emissões de diesel revive o fantasma do dieselgate no grupo VW. Em 2015, a Volkswagen foi acusada de usar um dispositivo que permitia a seus motores diesel enganar as medições de emissões de poluentes. Assim, quando em uma condição de teste, os motores ficavam restringidos e dentro das leis, enquanto que quando em condições reais de uso emitia até 40 vezes mais particulas poluentes no ar.

Modelos da Volkswagen, Audi, Porsche, Seat, Skoda e VW Comercial estavam envolvidos. Esses carros eram equipados com motores quatro cilindros e V6 turbodiesel. No Brasil, o único carro envolvido foi a picape Amarok. Isso rendeu uma multa do Ibama de R$ 50 milhões por fraude e o pagamento de 1 bilhão aos proprietários das picapes. A Volkswagen está recorrendo.


Além disso, a companhia se viu obrigada a fazer um recall das 17.057 unidades envolvidas. Os exemplares foram produzidos entre 3 de dezembro de 2009 e 11 de novembro de 2011.

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