A Audi apresentou a versão esportiva do Q7 nesta quinta-feira, durante sua conferência financeira anual em Ingolstadt, na Alemanha. Batizado de SQ7, o modelo é o terceiro utilitário da marca a trazer preparação esportiva, após o SQ5 e o RSQ3.
O motor do carro é um 4.0 TDI a diesel, com oito cilindros em V e, de acordo com o novo vice-presidente de tecnologia da empresa, Stefan Knirsch, completamente novo. O principal destaque desse propulsor é o inédito compressor elétrico que, ainda de acordo com o executivo, deve aposentar no futuro o turbo convencional.
“O compressor eletricamente acionado melhora o arranque do motor”, explica Knirsch. O V8 a diesel gera 435 cv e torque muito alto, de 91,8 mkgf a apenas 1.000 rpm.
De acordo com a Audi, o modelo é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos. A velocidade máxima é limitada a 250 km/h.
Outro destaque do SQ7 é a possibilidade de abandonar a condução do carro em situações de trânsito lento, como em congestionamentos, por exemplo. “É mais um passo para condução autônoma, explica o executivo.
O carro, porém, ainda não está confirmado para o Brasil – há dificuldades para homologação do Q7 a diesel no Brasil. Se o SQ7 receber versão a gasolina, a importação é mais provável.
Lançamentos.Além do SQ7, a Audi terá outras 20 novidades no mercado este ano, de acordo com o presidente da empresa, Rupert Stadler. Esses lançamentos incluem novas gerações e versões, assim como o inédito Q2.
Até o fim do ano, chega a segunda geração do A5 e sua variante esportiva, S5. Da linha A4, haverá as opções S4 Avant e Allroad. O Q7 terá versão híbrida etron, enquanto o R8 chegará em configuração conversível, Spider.
A maioria desses modelos está prevista para o Brasil – devem chegar entre este ano e o próximo.
As demais marcas do Grupo Audi também terá lançamentos. Haverá novas versões de Aventador e Huracán, da Lamborghini, que também começará a vender o exclusivo Centenario.Da Ducati, os lançamentos serão a XDiavel e a 1.200 Multistrada Enduro.
Resultados.As vendas da Audi aumentaram em 2015, na comparação com 2015. Foram comercializadas no mundo 1,8 milhões de unidades, alta de 3,6% ante o ano anterior.
O lucro, no entanto, caiu 6,1%, ficando em R$ 4,8 bilhões. O principal motivo da queda foi o escândalo que ficou conhecido como “dieselgate”: por meio de um software instalado nos motores a diesel, a maioria das marcas do Grupo Volkswagen fraudou testes de emissões nos EUA, Europa e até no Brasil – neste caso, apenas a picape VW Amarok.
“Os gastos com soluções técnicas (para regularizar os motores fraudados) e os custos jurídicos totalizaram R$ 228 milhões em 2015”, disse o vice-presidente financeiro da Audi, Axel Strotbek.
Sobre o “dieselgate”, Stadler adotou, durante a conferência, o mesmo discurso adotado pelos executivos do Grupo Volkswagen: abriu a apresentação pedindo desculpas pela fraude. “Resolveremos o problema e, a partir de agora, nosso compromisso é com a transparência e a honestidade.”