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Audi e-tron Sportback chega este ano
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Audi e-tron Sportback chega este ano

Derivado do SUV Audi e-tron, a versão cupê tem estreia no Brasil confirmada para o segundo semestre

Hairton Ponciano Voz

29 de abr, 2020 · 8 minutos de leitura.

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audi e-tron sportback
Audi e-tron Sportback tem traseira mais baixa que o e-tron original
Crédito:Audi/Divulgação

A Audi confirmou a chegada do e-tron Sportback ainda este ano ao Brasil. O anúncio da estreia do segundo membro da família e-tron foi feito pelo presidente da marca no País, Johannes Roscheck, durante a apresentação virtual do SUV e-tron, o primogênito da família. O e-tron é o primeiro carro 100% elétrico da marca alemã.

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Além de confirmar o Sportback, o executivo informou que irá trazer no ano que vem um “terceiro” modelo elétrico. Embora não tenha confirmado o nome, ele provavelmente se refere ao e-tron GT, o terceiro membro da família e-tron (foto abaixo), um cupê de quatro portas que virá para competir com o Porsche Taycan e Tesla Modelo S.

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O Audi e-tron Sportback é um SUV com perfil de cupê. O modelo fez sua primeira aparição no Salão de Los Angeles, nos EUA, no final do ano passado.

Além da caída na traseira, em relação ao e-tron “normal” o Sportback tem também para-brisa mais inclinado. Na traseira, o modelo é dotado de um spoiler integrado na tampa do porta-malas e um pequeno difusor de ar no para-choque.


Internamente, a altura do teto na parte traseira diminuiu 2 cm em relação ao SUV. Como no primogênito da família, o cupê terá quadro de instrumentos virtual com tela de 12,3 polegadas, além da tela multimídia de 12,1″.

O e-tron Sportback 50 tem bateria de 71 kWh e motores capazes de fornecer 310 cv de potência e 55 mkgf de torque. A autonomia é de 347 km. E, como no e-tron, a tração é 4×4 permanente.

A Audi divulga aceleração de 0 a 100 km/h em 6,8 segundos e máxima de 190 km/h.


O modelo tem carroceria que mescla alumínio e aço, e pesa 2.370 kg. O e-tron Sportback tem 4,9 m de comprimento, 1,93 m de largura e 1,62 m de altura. A distância entre eixos é de 2,93 m, e o porta-malas tem capacidade para 615 litros.

‘Retrovisores virtuais’ do Audi e-tron custam R$ 13 mil

O Audi e-tron está sendo lançado no Brasil em duas versões. O primeiro SUV elétrico da marca alemã chega às lojas nas opções Performance e Performance Black. A primeira custa R$ 499.990, e está sendo oferecida durante o período de lançamento por R$ 459.990, que era o preço estabelecido durante a pré-venda.


Entre os itens de série da versão “básica”, há controle de velocidade adaptativo (mantém o ritmo em relação ao veículo da frente), auxiliar de farol alto, oito air bags, teto solar e quadro de instrumentos virtual.

Opcionalmente há tecnologias como head up display (projeta informações no para-brisa) e visão térmica noturna (night vision). Elas estão dentro do chamado “pacote tecnológico”, que custa R$ 26 mil. A pintura metálica acrescenta R$ 2.400. Completo, o e-tron Performance custa R$ 488.390.

A Performance Black chega por R$ 539.990, e igualmente sai por R$ 499.990 durante o prazo de lançamento. Em relação à versão mais barata, ela acrescenta revestimento de Alcantara nos bancos e som da Bang & Olufsen, entre outros itens. Entre os opcionais, além do pacote tecnológico e da pintura metálica, há as câmeras que substituem os retrovisores virtuais (R$ 13 mil), os faróis Matrix, de LEDs (R$ 13 mil), e o Audi Side Assist (R$ 8 mil). Completa, a versão chega a R$ 562.390.


Roscheck não informou por quanto tempo será possível manter os preços iniciais. De acordo com ele, por causa da pandemia do novo coronavírus – que entre outros efeitos causou a disparada do dólar -, a empresa está tendo de rever todos os planos. O executivo disse que pode manter os preços “por dois ou três meses”. A empresa está oferecendo as primeiras quatro revisões grátis.

E-tron tem dois motores e até 408 cv

O Audi e-tron tem dois motores elétricos, um em cada eixo. O dianteiro rende 125 kW e o traseiro, 140 kW. São cerca de 362 cv combinados. O torque é de 57,2 mkgf. Além disso, ele tem uma função overboost, acionada quando o câmbio, de uma marcha, vai para a posição Sport. Nesse caso, a potência chega a 408 cv, por oito segundos. A Audi informa aceleração de 0 a 100 km/h em 6,6 segundos e velocidade máxima de 200 km/h.



Segundo a montadora, a autonomia é de cerca de 437 km com uma carga, no padrão WLTP de medição de consumo (que testa os carros em condições reais de uso). De série, ele vem com uma entrada de recarga rápida (22 kW) que carrega a bateria em 4,5 horas.


Como opcional, ele pode oferecer o ponto de recarga ultrarrápida, que atinge 80% da carga em 30 minutos e 100% em 45 minutos. A Audi informa que, em uma tomada convencional, a recarga demora cerca de 8,5 horas.

O modelo está disponível em 14 concessionárias nas principais capitais do País, sendo 4 em São Paulo.

Audi e-tron e expansão da rede de carregamento

Junto da chegada do modelo, a marca alemã anunciou uma expansão de sua linha de recarga em parceria com a Engie. Serão investidos R$ 10 milhões até 2022 para colocar 200 carregadores espalhados pelo Brasil, a maioria na cidade de São Paulo. Todas as 14 lojas que venderão o e-tron também terão carregadores rápidos.


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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.