Audi tinha segundo dispositivo para fraudar emissões

Audi teria um segundo dispositivo para garantir que carros fraudados passassem em teste de emissões

Por 07 de nov, 2016 · 3m de leitura.
Q7 seria um dos modelos envolvidos em um novo software para enganar emissões

O Grupo Volkswagen não vai conseguir se ver livre tão cedo do Dieselgate, como foi batizado o caso envolvendo mais de 10 milhões de veículos do grupo com motores a diesel fraudados para passar nos testes de emissões. E a Audi está no meio disso novamente.

De acordo com o jornal alemão, Bild, a organização responsável pelo meio ambiente no estado da Califórnia, a CARB, descobriu um segundo dispositivo em carros automáticos da Audi no meio do ano.


O dispositivo, de acordo com o jornal, não era o mesmo encontrado nos outros casos de carros fraudados com motor a diesel e afeta também modelos com propulsor a gasolina.

Esse sistema era ligado à direção dos veículos e servia para enganar testes de laboratório. Quando o veículo estava em uma posição considerada de teste, ou seja, com o volante em linha reta, o carro automaticamente entendia que estava em um dinamômetro e ativava o software para reduzir as emissões.

Quando a eletrônica do carro detectava que o volante superava uma inclinação de 15 graus, ela liberava as emissões do motor, deixando de limitar os giros e, por consequência, aumentando a liberação de gases e consumo na atmosfera.


A Audi teria suspendido o uso do sistema em maio de 2016, antes da organização descobrir o software em alguns modelos de carros, entre eles o Q5, o A6 e o A8.