
O Grupo Volkswagen não vai conseguir se ver livre tão cedo do Dieselgate, como foi batizado o caso envolvendo mais de 10 milhões de veículos do grupo com motores a diesel fraudados para passar nos testes de emissões. E a Audi está no meio disso novamente.
De acordo com o jornal alemão, Bild, a organização responsável pelo meio ambiente no estado da Califórnia, a CARB, descobriu um segundo dispositivo em carros automáticos da Audi no meio do ano.
O dispositivo, de acordo com o jornal, não era o mesmo encontrado nos outros casos de carros fraudados com motor a diesel e afeta também modelos com propulsor a gasolina.
Esse sistema era ligado à direção dos veículos e servia para enganar testes de laboratório. Quando o veículo estava em uma posição considerada de teste, ou seja, com o volante em linha reta, o carro automaticamente entendia que estava em um dinamômetro e ativava o software para reduzir as emissões.
Quando a eletrônica do carro detectava que o volante superava uma inclinação de 15 graus, ela liberava as emissões do motor, deixando de limitar os giros e, por consequência, aumentando a liberação de gases e consumo na atmosfera.
A Audi teria suspendido o uso do sistema em maio de 2016, antes da organização descobrir o software em alguns modelos de carros, entre eles o Q5, o A6 e o A8.