Audi TTS traz pitada extra de tempero

Versão mais "ardida" do cupê esportivo TT, com motor 2.0 turbo de 286 cv, chega ao Brasil por R$ 299.990

Por 22 de mar, 2016 · 6m de leitura.
Diferenças visuais em relação ao TT se limitam a detalhes

Quase um ano depois de ter apresentado no Brasil a nova geração do cupê esportivo TT, a Audi começa a trazer a versão TTS, com potência 50 cv maior, por R$ 299.990.

Externamente, não é fácil perceber a olho nu as diferenças em relação ao irmão mais “manso”. A suspensão foi rebaixada em 10 milímetros, os retrovisores externos receberam cobertura de alumínio e, na traseira, as ponteiras de escape são duplas. Também são exclusivos os cromados da grade frontal e o acabamento da soleira das portas.


Mas o principal chamariz é mesmo o motor 2.0 TFSI, que nessa versão rende 286 cv. Associado a uma transmissão S-tronic de dupla embreagem e seis marchas, ele leva o carro de 0 a 100 km/h em 4,7 segundos (ante 5,9 segundos do TT). A velocidade máxima é limitada eletronicamente a 250 km/h.

Se o desempenho da versão TT já arrancava elogios, o TTS demonstra ainda mais fôlego. Em teste rápido no Autódromo de Interlagos, o novo cupê teve respostas muito próximas às do hatch RS3 Sportback – que tem motor maior, um 2.5 de 367 cv, e é apenas 0,4 segundo mais rápido na aceleração de 0 a 100 km/h, de acordo com a marca.

Talvez parte da explicação esteja no baixo peso do conjunto, de apenas 1.365 kg, resultado do emprego de uma combinação de tipos mais leves de aço e alumínio.


Tudo no TTS conspira a favor de uma condução prazerosa. As respostas do motor ao acelerador são imediatas, valorizadas pelo trabalho quase imperceptível da transmissão. Além disso, a aderência em curvas é elogiável e a posição de dirigir mais baixa agrada em cheio os fãs de esportivos.

Dependendo do humor do condutor, a tocada pode ficar mais branda ou mais esportiva. Além de escolher entre cinco modos de condução, motoristas com alma de piloto podem desabilitar o controle de estabilidade parcial ou completamente.

Na cabine, idêntica à do TT, a grande bossa está no painel, dominado pelo chamado “virtual cockpit”, que aos poucos deve se estender por toda a linha Audi. Os instrumentos são dispostos em uma tela digital configurável, em que velocímetro e conta-giros podem ficar maiores ou menores, dando espaço ao mapa do navegador, por exemplo.


Outro charme está nos comandos do ar-condicionado, que são integrados a cada uma das aberturas de ar, deixando o painel mais limpo – como é que ninguém havia pensado nisso antes?

O conforto é muito bom para duas pessoas, com bancos de couro anatômicos que podem ser pretos, vermelhos ou cinza. O banco traseiro, porém, está lá apenas para constar, já que não acomoda adequadamente nem mesmo duas crianças. O acesso é desafiador até para contorcionistas, não há o mínimo de espaço para os pés e a linha descendente do teto obriga qualquer passageiro com mais de 1,60 metro a curvar as costas para a frente, como um tatu-bola.

Definitivamente, trata-se de um carrão para curtir a sós com a namorada – caronas que possam atrapalhar o passeio não são nada bem-vindos.