O efeito conhecido no mercado de automóveis como “canibalização” já era esperado com o lançamento do Onix, que acabou tirando clientes do Agile. O diretor de marketing da Chevrolet, Hermann Mahnke, disse que uma média de 2 mil Agile deixaram de ser vendidos em 2013 com a chegada do novato.
Para rebater isso e conseguir comercializar 3.200 unidades do hatch mais velho por mês, a Chevrolet redesenhou faróis, lanternas, para-choques traseiro e dianteiro e a grade frontal na linha 2014 que começa a ser vendida neste mês.Na cabine, um volante com base reta tenta agregar um pouco de esportividade e todo o painel ganhou tom escuro. Mudanças de bom gosto para um carro que tinha formas duvidosas.
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Agora o Agile custa a partir de R$ 42.990 com câmbio manual, R$ 2.670 a mais que o modelo anterior, e R$ 45.490 com o automatizado Easytronic. Também ganhou a versão Effect, vendida nas cores branca e vermelha e com acabamento de topo, LTZ. Há detalhes vermelhos na cabine, adesivos na carroceria e novas rodas de 16” pintadas de cinza fosco. Sai por R$ 44.490 (manual) e R$ 47.440 (Easytonic).
As duas opções de câmbio receberam mudanças na relação e no escalonamento das marchas. Os engates do modelo manual ficaram mais precisos e a primeira e a segunda marchas estão mais curtas. Já o diferencial da transmissão Easytronic ficou 6% mais curto e as atualizações reduziram um pouco dos trancos nas trocas de marcha, que agora podem ser feitas por borboletas atrás do volante.
De resto, o Agile continua o mesmo: tem motor 1.4 flexível de 102 cv (etanol), suspensão bem acertada, espaço interno honesto, volante pouco preciso em curvas, acabamento com excesso de plásticos… precisa de mudanças mais profundas e menos estéticas.