NÍCOLAS BORGES
Munique, Alemanha – Parafraseando Vinicius de Moraes, os carros feios que me perdoem, mas beleza é fundamental. Ainda mais entre os cupês, que têm nesse quesito talvez seu maior argumento de vendas. E nisso a BMW caprichou para a terceira geração do Série 6 Coupé.
Afinal, a anterior – feita de 2003 a 2010 – exibia visual controverso, com traseira esquisita e dianteira de faróis “tristes”.
No Brasil, o modelo alemão deverá estrear em dezembro, na versão de topo, 650i, custando estimados R$ 480 mil. Essa opção é movida por um V8 biturbo de 4,4 litros e 407 cv.
Infelizmente a única configuração disponível para a avaliação era a 640i, cujo motor é um seis-em-linha 3.0. Com uma turbina, ele entrega 320 cv e 45,9 mkgf de torque desde baixíssimos 1.300 rpm até 4.500 giros.
Segundo a BMW, o propulsor menor faz o Série 6 Coupé acelerar de 0 a 100 km/h em 5,4 segundos, só 0,5 s mais lento que o 650i. A velocidade máxima é sempre limitada em 250 km/h.
Esse desempenho é ajudado pela transmissão automática de oito velocidades. Cambiando manualmente, a caixa parece automatizada de dupla embreagem, de tão bruscamente que ela sobe e reduz marchas.
Como opcional, a direção pode ser integral ativa, fazendo as rodas de trás se moverem, num ângulo pequeno, junto com as da frente, ou no sentido inverso, dependendo da velocidade.
O novo cupê é o primeiro Série 6 a contar com a tração integral xDrive, extra no 650i.
A beleza externa se repete no interior bem acabado. Já o espaço traseiro continua apertado, apesar de a carroceria e o entre-eixos terem crescido 7,5 cm. Chamam atenção a tela central de 10” e o projetor de dados no para-brisa, que mostra até indicações da navegação GPS.
Viagem feita a convite da BMW