LUÍS FELIPE FIGUEIREDO
As maiores novidades da linha 2013 do Citroën C3 Picasso estão sob o capô. O motor 1.6 16V ganhou sistema de partida a frio que dispensa o tanque auxiliar e ficou mais potente, agora com 122 cv. O 1.4 8V cresceu. Com a adoção de novas bielas para aumentar o curso dos pistões a cilindrada passou a 1,5 litro e agora são até 93 cv, ante os 82 cv do propulsor antigo.
O motor 1.5 está nas versões de entrada, GL e GLX, esta com preço sugerido de R$ 48.500, como a avaliada. De série há itens como freios ABS, air bag duplo dianteiro, conjunto elétrico e rádio toca-CDs com leitor de MP3 e entrada auxiliar, entre outros.
O ganho de 13% em potência e torque se faz sentir ao volante. O C3 Picasso não ficou um corisco, mas consegue mostrar razoável agilidade no trânsito urbano. Para essa esperteza colabora o câmbio de relações curtas.
Na estrada a solução cobra seu preço. A 120 km/h o conta-giros marca 4 mil rpm, o que eleva o ruído na cabine e pode se traduzir em maior consumo de combustível. Isso apesar de a fabricante afirmar que o 1.5 é 5% mais econômico que o 1.4.
Com 1,63 metro de altura, O C3 Picasso precisa de acerto firme para a suspensão. Se fosse mais macia, a carroceria balançaria feito o boneco joão-bobo.
A firmeza trouxe sensibilidade ao passar sobre piso irregular (ainda que não bata ou sofra com isso). E, apesar desse ajuste, o hatch ainda oscila lateralmente em estrada. Sua frente também se levanta em acelerações um pouco mais fortes.
Mesmo com os sistemas de ajuste de altura e distância para o volante, a posição de dirigir fica devendo. O espaço traseiro é bom para até três ocupantes. Há mesinhas retráteis nos encostos dos bancos dianteiros.
O de trás é dividido em 1/3 e 2/3, o que ajuda a ampliar a capacidade do bagageiro dos 403 litros “normais” para até 1.500 l.
Como a tampa é pesada e se abre para cima (e não lateralmente), requer cuidado duplo. É preciso manter distância de objetos atrás na hora de abri-la e os mais altos podem bater a cabeça nela.