
TIÃO OLIVEIRA
FOTOS: SERGIO CASTRO/AE
O Corolla XRS foi um dos destaques do Campeonato Brasileiro de Marcas, que terminou domingo, em Londrina (PR). Com essa versão do “carro de rua”, a Toyota pretende dar um ar mais jovial ao sedã médio líder de vendas no País. Tabelada a R$ 73.030, essa opção é R$ 1.400 mais cara que a XEi, na qual se baseia. As diferenças entre elas são, principalmente, detalhes visuais.
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O XRS traz grade exclusiva, faróis com máscara negra, saia no para-choque com luzes de neblina e rodas de 16 polegadas pintadas de cinza. Atrás há saia, lanternas com LEDs e defletor sob o porta-malas com a terceira luz de freio.
No interior, a manopla do câmbio e os bancos, que têm costura vermelha, são revestidos de couro perfurado. Atrás do volante, que traz controles do som e do computador de bordo, há borboletas para trocas de marcha do câmbio automático de quatro velocidades.
A esportividade do Corolla XRS termina aí. Seu motor, 2.0 flexível de até 153 cv, 16V com comando variável, é o mesmo das demais versões do sedã feito em Indaiatuba (SP).
CERTINHO
Não que o Toyota seja um carro ruim – ao contrário. Mas a versão XRS está mais para um senhor vestido de camisa polo e bermudão que para um atleta, mesmo que seja amador.
O Corolla é um carro correto. Responde de forma convincente ao acelerador, é econômico, espaçoso, bem acabado e extremamente silencioso. Outro destaque é sua estabilidade.
Graças a suspensão – independente, do tipo McPherson e com barra estabilizadora na dianteira e com eixo de torção e barra estabilizadora na traseira -, filtra com primor as irregularidades do piso. E mantém o sedã firme mesmo ao contornar curvas fechadas.
Mas os atributos que tornam o Corolla um modelo muito previsível acabam por se transformar em seu maior pecado. Esse Toyota é certinho demais.
Para quem gosta de dirigir, é um carro sem graça. E os badulaques visuais incorporados à versão XRS não passam nem perto de mudar essa sensação.