Karina Craveiro
O 500 fez com que a Fiat ganhasse mais popularidade no Brasil com um público jovem e descolado, interessado no visual carismático do subcompacto produzido no México. E agora, o motor mais potente do carrinho, Multiair 1.4, também passa a ser flexível – fruto de trabalho de desenvolvimento de 15 mil horas, conforme a fabricante.
Realizadas as alterações para ficar apto a queimar etanol, o propulsor passou a trazer até 107 cv e 13,8 mkgf. Com gasolina, continuam os 105 cv e 13,6 mkgf. Para a nova calibração, que incluiu taxa de compressão 8% maior, a engenharia aproveitou ainda bronzinas e juntas de cabeçote oriundas do T-Jet, “turbinado” que equipa carros como o Bravo.
O motor Multiair flexível é oferecido nas versões Sport e Cabrio, que representam apenas15% das vendas do modelo. “Foi uma questão de imagem, então o investimento vale por isso”, justifica o consultor técnico da Fiat, Ricardo Dilser. Os preços não mudaram: são de R$ 49.390 no Sport e R$ 60.200 para o Cabrio.
QUASE TUDO IGUAL
Se não fosse a curiosidade de abrir o capô e conferir o novo motor – com direito a “tanquinho” de gasolina -, qualquer um diria que o 500 Multiair não mudou. É que na hora de acelerar a diferença é imperceptível na comparação com a versão só a gasolina oferecida até então. O 500 continua esperto em acelerações e com média de consumo satisfatória. No computador de bordo foram aferidos 9,7 km/l.
Na Rodovia Anchieta, o carrinho se mostrou firme nas curvas. Mais perceptível é a mudança na assistência de direção de hidráulica para elétrica. O 500 ficou mais fácil de manobrar, por exemplo. De acordo com a Fiat, o câmbio automático de seis marchas também passou por leves mudanças. Já o manual, que tem cinco velocidades, não sofreu alteração.
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