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Avaliação: Hyundai Veloster é para ser visto
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Avaliação: Hyundai Veloster é para ser visto

À primeira vista, dá a impressão de que se trata de um carro de brinquedo. De tão inusitado, o desenho do Veloster, principalmente da traseira, remete ao de miniaturas da Hot Wheels. Conheça esse hatch médio com motor 1.6 a gasolina e preço a partir...

22 de nov, 2011 · 7 minutos de leitura.

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 Avaliação: Hyundai Veloster é para ser visto

TIÃO OLIVEIRA

À primeira vista, dá a impressão de que se trata de um carro de brinquedo. De tão inusitado, o desenho do Veloster, principalmente da traseira, remete ao de miniaturas da Hot Wheels. Talvez seja essa a razão do sucesso desse Hyundai. Afinal, trata-se de um hatch médio para apenas quatro pessoas, com motor 1.6 a gasolina, tabelado entre R$ 75.700 e R$ 82.900.

Fotos: José Patrício/AE

Outro aspecto que chama a atenção são as três portas - há duas do lado direito. Por causa dessa solução, as janelas traseiras têm formato diferente uma da outra. A da esquerda é menor e lembra um pequeno vigia. A da direita, na terceira porta, tem tamanho “convencional” (confira nas fotos maiores, no pé da página).

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De acordo com informações da fabricante, o desenho do modelo sul-coreano foi inspirado em uma motocicleta de alto desempenho. A linha de cintura é alta e o teto “despenca” atrás, o que cria um efeito bastante interessante.


No interior há mais ousadias. O botão que dá a partida no motor (não é necessário usar a chave), por exemplo, fica bem destacado. Ele está localizado no meio do console central, logo abaixo dos que ajustam o ar-condicionado.

No volante há teclas para acionar o sistema de som, telefone e controlador de velocidade de cruzeiro, entre outros. Todos os comandos, aliás, estão bem posicionados e são fáceis de operar.


A unidade avaliada, topo de linha, tinha teto de vidro (opcional) com teto solar elétrico. Na extremidade traseira, esse material faz as vezes de defletor.


De série há câmera de auxílio a manobras, que projeta as imagens na tela de 7” sensível ao toque, toca-CDs com entrada auxiliar, USB, Bluetooth e viva voz para celular, air bags e retrovisores externos com desembaçador, entre outros itens.

Se no visual o Veloster empolga, em movimento falta pimenta a esse Hyundai. O conjunto mecânico, que segundo informações da fabricante tem motor de 140 cv e câmbio automático de seis marchas, dá conta do recado, mas não faz jus ao estilo invocado do carro.

O câmbio, que oferece opção de trocas manuais na alavanca, tem marchas longas. O ajuste parece ter sido feito para privilegiar a economia em detrimento da esportividade.


Durante a avaliação, a média de consumo em uso urbano foi de 12 km/l. Com o ar-condicionado ligado, ficou em 9 km/l. Os números foram aferidos pelo computador de bordo.

Também pesa contra o Veloster o fato de seu motor ser apenas a gasolina. Embora ele não tenha concorrentes diretos no País, a maioria dos modelos 1.6 oferecidos no mercado brasileiro conta com tecnologia flexível.

Por outro lado, chama a atenção o bom trabalho das suspensões. O sistema isola bem a cabine e não retransmite as vibrações nem as imperfeições do piso aos ocupantes.


O hatch é firme em curvas e a direção, com assistência hidráulica, permite uma condução sem sustos. Colabora para isso o conjunto de rodas e pneus 215/40 R18, disponíveis na configuração topo de linha.

Desde que foi lançado no País, há pouco mais de um mês, o Veloster acumula cerca de 3 mil unidades vendidas. Em outubro, o Hyundai ficou em terceiro lugar no ranking de emplacamentos de hatches médios do País, atrás apenas do “irmão” i30 e do Ford Focus, nessa ordem.

“Quem compra um carro desses quer exclusividade, quer ser diferente”, afirma o consultor da ADK Automotive Paulo Roberto Garbossa. De acordo com ele, são jovens solteiros e casais sem filhos, que usam o veículo no dia a dia e costumam fazer viagens de automóvel nos fins de semana.


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